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Está quase na hora dos relógios “retrocederem” uma hora.

No primeiro domingo de novembro, às 2 da manhã, os relógios retrocedem uma hora para o horário padrão, depois de 8 meses no chamado “Horário de Verão”.

O atual sistema de economizar luz que os EUA seguem entre março e novembro começou em 2007, mas o conceito é muito mais antigo. O horário de verão tem suas raízes nos horários dos trens, mas foi colocado em prática na Europa e nos Estados Unidos para economizar combustível e energia durante a Primeira Guerra Mundial, de acordo com o Bureau of Transportation Statistics do Departamento de Transporte dos EUA.

Os EUA mantiveram o Horário de Verão permanente durante a maior parte da Segunda Guerra Mundial. A ideia foi colocada em prática para conservar combustível. Quando a guerra chegou ao fim em 1945, uma pesquisa foi feita para saber a opinião da população sobre o Horário de Verão. Apenas 17% queriam manter o ano todo o que era então chamado de “horário de guerra”.

Durante a crise energética da década de 1970, o país tentou o Horário de Verão permanente novamente no inverno de 1973-1974. A ideia novamente era conservar combustível. Foi uma medida popular na época em que o presidente Richard Nixon assinou a lei em janeiro de 1974. Mas, no final do mês, o governador da Flórida pediu a revogação da lei depois que oito crianças em idade escolar foram atropeladas por carros no escuro. Até chegar o verão, a aprovação pública despencou e, no início de outubro, o Congresso votou para retornar ao horário padrão.

Situação hoje 

Os estados não são obrigados por lei a adotar o Horário de Verão. O Havaí, a maior parte do Arizona e alguns territórios no Pacífico e no Caribe não fazem a troca de horário.

O Senado dos EUA aprovou uma legislação em março de 2022 para tornar o Horário de Verão permanente. O projeto de lei foi aprovado por consentimento unânime.

Já os legisladores da Câmara não votaram o projeto de lei de 2022. Em 2 de março de 2023, uma dúzia de senadores formando um grupo bipartidário reintroduziram a legislação que visa acabar com o troca troca em favor do Horário de Verão permanente.

Precisamos do Horário de Verão? 

Estudos nos últimos 25 anos mostraram que a mudança de uma hora interrompe os ritmos corporais sintonizados com a rotação da Terra, adicionando combustível ao debate sobre se ter o horário de verão em qualquer forma é uma boa ideia.

Há estudos, por exemplo, que mostram que temos mais acidentes de carro quando as pessoas perdem uma hora extra de sono. Há também estudos que mostram que os roubos diminuem quando há uma hora extra de luz solar no final do dia. Também sabemos que as pessoas sofrem mais ataques cardíacos no início do horário de verão. Mas e quanto à nossa saúde mental? As pessoas parecem ser mais felizes quando há uma hora extra de luz do dia.

Claro, há a economia. Embora economizar energia tenha sido frequentemente apresentado como uma razão para ter o Horário de Verão, a energia economizada não é muita — se é que é alguma.

O lobby para o Horário de Verão vem de diferentes setores da economia. A indústria de esportes recreativos, por exemplo, quer que mais clientes tenham a chance de praticar esportes depois de um dia no escritório.

Enfim, não está claro se ter aquela hora extra de luz solar no fim do dia em vez do começo é útil. Mas a verdade é que não parece que o horário de verão nos EUA vai acabar tão cedo. Por isso, prepare-se para mudar o horário mais uma vez na próxima semana.

Fonte: CNN 

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