A obra de um dos mais relevantes artistas da música popular brasileira será interpretada por dois grandes músicos: Seu Jorge e Daniel Jobim reproduzem parte da obra de Antônio Carlos Jobim em uma nova turnê nos Estados Unidos. A partir de outubro, os shows contarão com a participação, além de Seu Jorge e Daniel, neto de Tom Jobim, dos músicos Paulo Braga (bateria) e Rodrigo Villa (baixo).
No repertório, Tom canta o amor e sua admiração pelo Rio de Janeiro, além de colaborações com Vinicius de Moraes e tantos outros, como nas músicas, “Corcovado”, “Garota de Ipanema”, “Luíza”, “Eu Sei Que Vou Te Amar”, “Ligia”, “A Felicidade”, entre muitos sucessos. Sobre a escolha do repertório, Daniel esclarece:
“A seleção das músicas foi algo bastante natural, de acordo com o coração de cada um, as músicas que o Seu Jorge gosta de cantar. É muito bom, porque flui naturalmente, e isso deve se refletir no palco. Essas são músicas que gostamos e nos são familiares, desconsiderando os diferentes tons”.
Para Seu Jorge, interpretar as músicas de Tom é uma mistura de sentimentos bons: “Cantar esse repertório é um presente incrível para mim e ao mesmo tempo é um desafio enorme! O amor está de volta. Tom Jobim continua vivo”, declara o músico.
Durante a apresentação, Daniel Jobim e Seu Jorge alternam momentos nostálgicos, grandes versões e impressões pessoais sobre o poeta. Seu Jorge sempre quis interpretar a obra de Tom.
“Antônio Carlos Jobim foi, sem dúvida, um dos maiores compositores do mundo que tivemos a sorte de ser brasileiro e um dos maiores heróis da nossa música. Seus belos acordes e pura poesia. Suas canções eternas enchem o coração das pessoas de alegria, romantismo e esperança”, reflete Seu Jorge.
Antônio Carlos Jobim foi um compositor, pianista, arranjador, cantor e violonista que teria completado 93 anos em janeiro deste ano. Um dos grandes ícones da MPB que morreu aos 67 anos e foi um dos mais importantes artistas brasileiros a levar a mistura de samba, clássico, jazz e bossa nova a um patamar de relevância internacional. A partir de parcerias com João Gilberto, Chico Buarque, Baden Powell e Frank Sinatra, Tom fez parte da história da cultura brasileira e deixou um extenso legado de trilhas sonoras de filmes, colaborações, contribuições, álbuns e participações.
“Felizmente tenho muitas lembranças do meu avô. Pude conviver muito com ele. Ele começava a tocar músicas bem cedo, a partir das 6h. Eram músicas clássicas que ele praticava todos os dias. Antes de compor ele tocava estudava algumas peças”.
“Quando ele começava a compor as ideias já estavam surgindo. Lembro-me dele interpretando Brahms, Chopin, Debussy, Rachmaninov. De manhã cedo já tinha aquela música iluminada. Realmente deixa uma marca, nunca se esquece”, conta Daniel.