O ex-presidente Donald J. Trump está dominando a disputa pela indicação presidencial republicana. Em segundo lugar está o governador Ron DeSantis, de acordo com a primeira enquete realizada pelo The New York Times/Siena College sobre a campanha de 2024.
Trump, que tem 57% das intenções de voto, têm vantagens decisivas em quase todos os grupos demográficos e regiões e em todas as alas ideológicas do partido. Parece que a maioria dos eleitores republicanos descarta qualquer preocupação sobre os indiciamentos do ex-presidente. Ele lidera com ampla margem entre homens e mulheres, eleitores mais jovens e mais velhos, moderados e conservadores, os que fizeram faculdade e os que não fizeram, e nas cidades, subúrbios e áreas rurais.
A pesquisa mostra que alguns dos argumentos centrais da campanha de DeSantis – que ele é mais elegível do que Trump e que governaria com mais eficácia – até agora não conseguiram empolgar. O governador da Flórida está em segundo lugar, com 17% das intenções de voto.
Todos os outros candidatos na disputa, incluindo os ex-vice presidente Mike Pence, não conseguiram passar de 3% das intenções de voto.
A pesquisa ocorre menos de seis meses antes da primeira disputa das primárias de 2024. Mas em uma era em que a política tem sido definida por sua volatilidade, os problemas legais de Trump – seus julgamentos devem se sobrepor à temporada das primárias – representam um curinga especialmente imprevisível.
Por que é tão difícil derrotar Trump?
Em meio século de primárias presidenciais modernas, nenhum candidato que superou seu rival mais próximo por pelo menos 20 pontos nesta fase jamais perdeu uma indicação partidária.
Trump comanda uma base aparentemente inabalável de apoiadores leais, representando mais de um terço do eleitorado republicano. É verdade que, sozinho, o apoio deles não é suficiente para Trump vencer as primárias. Mas é grande o suficiente para torná-lo extremamente difícil de derrotar.
A base MAGA
É populista. É conservadora. É colarinho azul. Está convencida de que a nação está à beira de uma catástrofe. É excepcionalmente leal a Donald Trump.
Os membros da base MAGA representam 37% do eleitorado republicano. Eles apoiam Trump “fortemente” nas primárias republicanas e têm uma visão “muito favorável” dele.
E o mais importante: A base MAGA não apoia Trump apesar das suas falhas. Esse eleitorado o apoia porque não acredita em nenhuma acusação contra Trump e acha que ele não têm defeitos.
O Partido Republicano dividido
Outro fator que acaba beneficiando Trump é que o Partido está dividido. O restante do eleitorado republicano pode ser dividido em dois grupos: (1) os eleitores que podem não amar Trump, mas que permanecem abertos a ele nas primárias e, em alguns casos, o apoiam entre as alternativas existentes e (2) os eleitores que provavelmente não apoiarão Trump. Eles representam cerca de um quarto do eleitorado primário e dizem que não o estão considerando como opção nas primárias. Nesse grupo, os votos se espalham entre os candidatos na disputa.
Fonte: The New York Times