Entrou em vigor na quarta-feira (12) a tarifa de 25% imposta por Donald Trump sobre todo o aço e alumínio importados para os Estados Unidos.
É a mais recente salva no plano tarifário multifacetado de Trump que visa corrigir desequilíbrios comerciais e reacender a indústria doméstica. Mas corre o risco de desencadear uma guerra comercial global, já que a União Europeia retaliou com contramedidas sobre as exportações de produtos dos EUA para a região. E seguindo a mesma linha, o Canadá também anunciou mais de US$ 20 bilhões em medidas retaliatórias.
As tarifas sobre aço e alumínio marcam a primeira vez no segundo mandato de Trump que um conjunto de tarifas foi aplicado a todos os países.
Mas a imposição de tarifas sobre aço e alumínio representa uma aposta arriscada: embora possa dar um impulso às indústrias de aço e alumínio dos Estados Unidos, aumentará os preços de um ingrediente essencial para os fabricantes americanos, o que pode ser repassado aos consumidores. Os custos podem superar os benefícios.
Também pode sair pela culatra nas indústrias cuja medida deveria proteger: é estimado que as tarifas de Trump possam custar 100 empregos, incluindo 20 mil da indústria de alumínio, alertou William Oplinger, CEO da Alcoa, uma das maiores fabricantes de alumínio dos EUA.
No total, os EUA importaram US$ 31,3 bilhões em ferro e aço e US$ 27,4 bilhões em alumínio no ano passado no total, de acordo com dados do Departamento de Comércio dos EUA.
O Canadá foi a principal fonte de ferro, aço e alumínio, com os EUA importando US$ 11,4 bilhões em alumínio e US$ 7,6 bilhões em ferro e aço.
Outras principais fontes estrangeiras de alumínio incluem China, México e Emirados Árabes Unidos. Já o aço, as principais fontes são Brasil, México e Coreia do Sul, de acordo com dados comerciais dos EUA do ano passado.
Brasil não quer retaliar, mas sim negociar
O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, disse que o governo brasileiro não deve promover uma retaliação imediata. Ele disse que o interesse do governo é negociar. Então, antes da retaliação e da reciprocidade, o Brasil pretende se sentar na mesa de negociações com os americanos.
Fontes: CNN e UOL