O presidente americano Donald Trump anunciou suas mais altas e abrangentes tarifas em uma cerimônia na Casa Branca na quarta-feira (2), afirmando que taxará em 10% todos os parceiros comerciais, exceto Canadá e México, bem como tarifas de dois dígitos a dezenas de outros países.
A medida foi uma escalada significativa da luta comercial de Trump e provavelmente repercutirá na economia global, elevando os preços para consumidores e fabricantes americanos, ao mesmo tempo em que incita retaliações de outras nações. Embora Trump tenha dito por semanas que imporia “tarifas recíprocas”, seu anúncio foi muito além do que muitos economistas e analistas esperavam.
As tarifas serão aplicadas a mais de 100 parceiros comerciais, incluindo a União Europeia, China, Grã-Bretanha e Índia. Sob o plano de Trump, os Estados Unidos imporão uma nova tarifa impressionante de 34% sobre produtos chineses — além da tarifa de 20% que ele impôs a Pequim nos últimos meses — uma tarifa de 20% sobre importações da União Europeia e uma tarifa de 24% sobre produtos do Japão. A Índia enfrentará uma tarifa de 26% sobre suas exportações para os Estados Unidos.
Grupos empresariais, especialistas em comércio, muitos economistas, legisladores democratas e até mesmo alguns republicanos rapidamente repreenderam as tarifas. Autoridades de vários países protestaram, com algumas contemplando retaliações.
As novas tarifas não se aplicarão a produtos que Trump já havia atingido com impostos separados, incluindo aço e alumínio e veículos e suas peças. Energia e “outros minerais específicos que não estão disponíveis nos Estados Unidos” também serão excluídos.
Trump definiu suas políticas como uma resposta a uma emergência nacional, dizendo que as tarifas eram necessárias para impulsionar a produção doméstica.
Autoridades da Casa Branca defenderam as tarifas argumentando que práticas comerciais perniciosas de outros países levaram a grandes e persistentes déficits comerciais para os Estados Unidos.
Source: AP