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O ex-presidente Donald Trump, com o objetivo de se tornar o segundo comandante-em-chefe com mandatos não consecutivos nos Estados Unidos, anunciou na noite de terça-feira,15 de outubro, que buscará a indicação presidencial do partido republicano em 2024.

“Para tornar a América grande e gloriosa novamente, estou anunciando esta noite minha candidatura à presidência dos Estados Unidos”, disse Trump a uma multidão reunida em Mar-a-Lago, sua propriedade na Flórida, onde sua campanha será sediada.

O tão esperado anúncio de Trump ocorre quando ele tenta recuperar os holofotes após o desempenho nada espetacular do partido republicano nas eleições de meio de mandato, quando vários candidatos endossados pelo ex-presidente foram derrotados nas urnas. Os republicanos não conseguiram obter a maioria no Senado e, na Casa dos Representantes, cujos votos ainda estão sendo contabilizados, devem obter uma maioria bastante estreita.

Ao longo do discurso de uma hora, Trump deixou claro que deseja que sua campanha seja vista pelos republicanos como um sacrifício que ele faz pelo país.

“Qualquer um que realmente procure enfrentar esse sistema fraudulento e corrupto enfrentará uma tempestade de fogo que apenas alguns podem entender”, disse ele, descrevendo o preço legal e emocional que sua presidência e o período pós-presidencial tiveram sobre seus familiares.

Trump e seus familiares enfrentam uma série de processos judiciais.

“Não tenho dúvidas de que até 2024, infelizmente, será muito pior e eles verão claramente o que aconteceu e está acontecendo com nosso país – e a votação será muito diferente”, afirmou.

Antes mesmo da disputa presidencial, Trump vai ter que encarar um desafio dentro do próprio partido republicano, que não tem se mostrado unido em torno do nome do ex-presidente. No anúncio da candidatura, poucos membros do Congresso estavam presentes.

O ex-vice-presidente, Mike Pence, antigo aliado de Trump, em entrevista a Fox News, disse que ele acredita que os americanos terão ‘escolhas melhores’ do que Trump em 2024.

“Acho que há um desejo genuíno de liderança que possa unir o país em torno de nossos ideais mais elevados e de mais civilidade e respeito que os americanos demonstram uns aos outros todos os dias”, disse ele.

Grandes financiadores do partido republicano também estão a procura de alternativas. Stephen A. Schwarzman, da Blackstone, um aliado de longa data de Trump, disse a Axios que apoiaria alguém de uma “nova geração” de republicanos.

E Trump ainda enfrenta uma série de problemas legais. O Departamento de Justiça continua investigando o uso indevido de documentos classificados encontrados em seu clube Mar-a-Lago. O ex-C.F.O. da Organização Trump, Allen Weisselberg, começou a testemunhar contra a empresa na terça-feira em um caso apresentado pelo promotor distrital de Manhattan. E o procurador-geral de Nova York também processou Trump por alegações de fraude.

Fonte: The New York Times e Fox News

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