Em um importante desdobramento legal, o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) anulou por unanimidade a condenação por assédio sexual do jogador de futebol brasileiro Dani Alves. O tribunal citou inconsistências e contradições nas evidências apresentadas, levando à absolvição de Alves após mais de um ano de detenção.
Contexto do Caso
O caso remonta a 31 de dezembro de 2022, quando uma jovem acusou Alves de agredi-la sexualmente no banheiro VIP da casa noturna Sutton, em Barcelona. Alves foi preso em janeiro de 2023 e posteriormente condenado a quatro anos e meio de prisão em fevereiro de 2024. Durante o julgamento, Alves apresentou várias versões dos eventos e, embora análises forenses tenham confirmado a penetração, não foi possível estabelecer de forma conclusiva a falta de consentimento.
Apelação e Decisão Subsequentemente Proferida
Alves apelou da condenação, e o TSJC revisou o caso. O tribunal de apelação considerou o depoimento da acusadora não confiável e observou discrepâncias entre seu relato e as evidências de vídeo disponíveis. Isso levou à conclusão de que a presunção de inocência não foi superada, resultando na absolvição de Alves.
Repercussões Financeiras e Considerações em Curso
Após sua liberação, surgiram discussões sobre uma possível compensação pelos 14 meses que Alves passou em detenção provisória. Estimativas preliminares sugerem um valor de aproximadamente €11.000, calculado com base em uma taxa diária de cerca de €30. No entanto, a equipe jurídica de Alves indicou que está aguardando a finalização da sentença antes de buscar qualquer tipo de indenização.
A promotoria pública está atualmente avaliando a possibilidade de recorrer da decisão do TSJC ao Supremo Tribunal. Isso significa que, embora Alves tenha sido absolvido, os processos legais podem continuar potencialmente alterando o resultado atual.
Reações Públicas e Legais
O caso gerou reações variadas do público e de autoridades. Alguns expressaram preocupação de que a absolvição, especialmente após o pagamento de uma fiança substancial, possa sugerir uma disparidade na justiça com base em meios financeiros. Além disso, a decisão gerou debates sobre a eficácia do sistema jurídico em lidar com casos tão sensíveis.
Fontes: Reuters e The Guardian