A temporada de furacões começa hoje e, embora as perspectivas sejam de uma temporada mediana, os meteorologistas alertam que mesmo assim existe há possibilidade de tempestades devastadoras principalmente nos estados costeiros.
E o que esperar nos próximos meses?
Quantos furacões haverá?
A CNN rastreou duas previsões da temporada de furacões este ano: a previsão da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), divulgada na semana passada, e outra de pesquisadores da Colorado State University, que emitem previsões sazonais há mais de 37 anos.
Autoridades da NOAA estão prevendo uma temporada média de furacões, com 12 a 17 tempestades tropicais nomeadas, cinco a nove das quais podem se tornar furacões. Eles esperam que quatro deles possam se transformar em grandes furacões – categoria 3 ou mais fortes.
Phil Klotzbach, pesquisador do estado do Colorado, disse em abril à CNN que seu grupo estava prevendo uma temporada ligeiramente abaixo da média este ano: 13 tempestades nomeadas, seis furacões e dois grandes furacões.
A principal diferença entre depressões tropicais, tempestades tropicais e furacões está na velocidade do vento e no nível de organização do sistema.
Enquanto uma depressão tropical representa o estágio inicial do desenvolvimento do ciclone, as chamadas tempestades tropicais exibem mais estrutura e ventos mais fortes. Os furacões – os mais poderosos e perigosos dos três – possuem ventos mais fortes e um olho bem definido, tornando-os capazes de causar danos extensos em grandes áreas.
Quantos chegarão à terra firme?
Não é possível prever quantas tempestades poderão atingir o Caribe ou os EUA. Mas a história tem mostrado que, mesmo em anos com tempestades médias ou abaixo da média, é possível que um ou outro furacão chegue ao continente como uma ameaça as populações locais.
O ano passado, por exemplo, foi de uma temporada mediana, mas o furacão Ian foi uma catástrofe para a Flórida. A tempestade matou mais de 100 pessoas quando atingiu a costa em setembro, devastou a costa ao redor de Fort Myers e causou inundações que duraram semanas.
Como as mudanças climáticas afetam os furacões?
Os furacões são fenômenos naturais moldados por complexas dinâmicas atmosféricas e oceânicas. Mas agora eles são cada vez mais influenciados pelas mudanças climáticas causadas pelo homem.
À medida que nosso planeta continua a aquecer devido à poluição por combustíveis fósseis, os impactos estão se manifestando na intensificação e alteração do comportamento dessas tempestades. Por meio de uma combinação de águas mais quentes, aumento da umidade atmosférica e aumento do nível do mar, a crise climática preparou o terreno para que os furacões representem riscos sem precedentes para as comunidades costeiras.
Que nomes terão os furacões este ano?
A Organização Meteorológica Mundial escolhe os nomes dos furacões e a lista muda a cada seis anos. Os nomes têm gênero alternado durante a temporada, e a lista exclui nomes que começam com as letras Q, U, X, Y ou Z. Se houver mais de 21 tempestades em uma temporada, os nomes mudam para o alfabeto grego.
Alguns nomes são retirados após tempestades particularmente devastadoras. “Ian” e “Fiona” foram retirados no ano passado, por exemplo, e 96 nomes foram retirados da lista desde 1953.
Nomes da temporada de furacões no Atlântico de 2023:
Arlene, Bret, Cindy, Don, Emily, Franklin,
Gert, Harold, Idalia, Jose, Katia, Lee,
Margot, Nigel, Ophelia, Philippe, Rina, Sean,
Tammy, Vince e Whitney
Fonte: National Hurricane Center / World Meteorological Organization and CNN