A Suprema Corte dos Estados Unidos pareceu inclinada na sexta-feira (10) a manter uma lei aprovada pelo Congresso americano que exige que o TikTok seja vendido ou efetivamente fechado no país.
O governo americano, defendendo a lei, ofereceram duas justificativas para a sua criação: combater a desinformação vindo da China e impeder este país de coletar informações privadas de cidadãos americanos.
O tribunal superior ficou dividido sobre se o primeiro argumento seria suficiente para justificar a lei, mas vários juízes pareceram preocupados com a possibilidade de a China usar dados coletados do aplicativo para espionagem ou até mesmo chantagem.
Lebrando que o TikTok é de propriedade da empresa chinesa ByteDance, que segundo seus donos, não é de propriedade ou controlada pelo governo chinês. No entanto, como a maioria das outras empresas chinesas, a ByteDance é legalmente obrigada a estabelecer um comitê interno do Partido Comunista composto por funcionários que são membros do partido.
Durante a audiência de sexta-feira, os juízes exploraram as implicações práticas de uma decisão contra o TikTok e colocaram o caso em um caminho excepcionalmente, que será provavelmente decidido até o final da semana que vem.
A decisão estará entre as mais consequentes da era digital, já que o TikTok se tornou um fenômeno cultural alimentado por um algoritmo sofisticado que fornece entretenimento e informações que tocam em quase todas as facetas da vida americana. O TikTok tem mais de 150 milhões de usuários nos EUA.
Fonte: The New York Times