BACC TRAVEL

Produtor, compositor, pianista e intérprete de canções, Sérgio Mendes morreu aos 83 anos. O lendário artista, cuja carreira abrangeu mais de três dúzias de álbuns lançados ao longo de seis décadas, ajudou a criar o som moderno do crossover pop brasileiro graças a sucessos como “Mas Que Nada” e “Magalenha”.

Ele morreu em casa, em Los Angeles, na quinta-feira (5 de setembro), cercado por sua família, de acordo com uma postagem do ex-chefe da gravadora e amigo Herb Alpert, que disse que Sérgio vinha lutando contra complicações de uma longa infecção por COVID.

Começando na adolescência, Sérgio — que nasceu em 11 de fevereiro de 1941 no Rio de Janeiro — já sonhava em se tornar um pianista clássico, quando foi influenciado pela borbulhante explosão da bossa nova no final dos anos 1950. Ele aprimorou suas habilidades tocando em clubes e se apresentando com seus mentores da bossa nova, Antônio Carlos Jobim e João Gilberto, antes de formar sua primeira banda, o Sexteto Bossa Rio, com quem lançou seu álbum de estreia em 1961, ‘Dance Moderno’.

Sérgio e sua banda rapidamente saltaram dos clubes do Rio para Nova York, onde tocaram no primeiro festival de bossa nova no Carnegie Hall, seguido por uma rápida passagem pelo icônico clube de jazz Birdland em 1962. Essa visita levou a um set improvisado com o lendário saxofonista Cannonball Adderley, resultando no album ‘Cannonball’ de 1963, que apresentou uma mistura de sambas com toques de jazz com Sérgio ao piano.

Sua carreira na América decolou em 1966 com Brasil ’66 e o ​​single “Mas Que Nada”, escrito pelo cantor e compositor brasileiro Jorge Ben. O grupo incorporou um estilo adulto contemporâneo e descolado da década de 1960, que contrastava fortemente com a cultura jovem ascendente que veio a dominar as paradas pop na esteira dos Beatles.

Daí Sérgio conquistou plateias e não parou de fazer parcerias que resultaram em vários sucessos.

Em 2020, seu último álbum de estúdio, ‘In the Key of Joy’, conquistou um Grammy. Além disso, ele é vencedor de dois Grammys Latinos e foi indicado ao Oscar em 2012 por sua música tema do filme de animação “Rio”, “Real in Rio”. Sérgio também é tema do documentário de 2020 “Sérgio Mendes: In the Key of Joy”.

As últimas apresentações de Sérgio aconteceram em novembro de 2023, durante uma série de shows em Paris, Londres e Barcelona.

Ele deixa sua esposa, Gracinha Leporace, seus dois filhos, Tiago e Gustavo; três filhos do seu primeiro casamento, Bernardo, Rodrigo e Isabella; e sete netos.

Fontes: Billboard e The New York Times 

Deixe um comentário

The Brasilians