Duas das turnês mais populares do verão, a Renaissance World Tour de Beyoncé e a The Eras Tour de Taylor Swift, geraram um debate nacional sobre como os mercados on-line e os revendedores de ingressos exploram os fãs obstinados que procuram se divertir. Agora, a Receita Federal Americana (IRS) promete reforçar o seu controlo sobre os cambistas que revenderam bilhetes de grandes concertos e eventos desportivos e arrecadaram mais de US$600 este ano.

Segundo reportagem The Wall Street Journal, uma nova lei exige que empresas vendedoras de ingressos como Ticketmaster e Stubhub forneçam informações de quem ganhou mais de US$ 600 revendendo ingressos este ano.

Anteriormente, os sites de venda de ingressos tinham que enviar formulários 1099-K para o usuário que ganhasse mais de US$ 20 mil por meio de 200 ou mais transações em um ano. A lei atualizada, que faz parte da Lei do Plano de Resgate Americano, reduz esse valor para US$ 600, independentemente do número de vendas, e os vendedores só precisarão pagar impostos sobre o lucro.

“Os aplicativos de pagamento e mercados online são obrigados a enviar um Formulário 1099-K se os pagamentos brutos aos usuários por bens e serviços forem superiores a US$ 600”, diz o IRS em um folheto informativo.

Na reportagem, o WSJ relata que o preço médio dos ingressos para a The Eras Tour de Swift foi de US$ 1,095, citando números da StubHub, especializada em revenda de ingressos. Da mesma forma, os preços médios das turnês de Beyoncé e Harry Styles atingiram US$ 380 e US$ 400, respectivamente.

Mas os shows não são a única fonte de renda dos revendedores. Os ingressos para os jogos de futebol do Inter Miami CF aumentaram de US$ 30 para US$ 250, depois que Lionel Messi ingressou na Major League Soccer.

O StubHub disse ao WSJ que houve um número incomumente alto de revendedores este ano, provavelmente resultado da indústria de eventos ao vivo se recuperando após os bloqueios da pandemia do Covid-19 em 2020 e 2021.

O Eras Tour foi um evento que ajudou a trazer à luz alguns problemas importantes com a venda de ingressos. Durante a pré-venda da turnê no outono passado, milhares de usuários relataram interrupções no site da Ticketmaster enquanto tentavam comprar ingressos. Quando os “Swifties” finalmente conseguiram fazer login, descobriram que os ingressos estavam sendo revendidos por valores extremamente caros.

Taylor Swift respondeu com descontentamento no Instagram, afirmando: “Não vou dar desculpas a ninguém porque perguntamos a eles, várias vezes, se eles conseguiriam lidar com esse tipo de demanda e tivemos certeza de que conseguiriam”.

A Ticketmaster acabou culpando os bots (uma espécie de robô, programa de computador) durante uma audiência federal pela pré-venda desastrosa, enquanto a empresa posteriormente encerrou a venda de ingressos na França para o The Eras Tour em circunstâncias semelhantes às que ocorreram durante a pré-venda nos EUA.

Fonte: The Wall Street Journal 

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