A Casa Branca afirmou na segunda-feira (8) que o presidente Joe Biden não estava sendo tratado para a doença de Parkinson durante uma coletiva de imprensa. Mas a secretária de imprensa Karine Jean-Pierre por vezes teve dificuldade em ser ouvida no meio de uma enxurrada de perguntas sobre a saúde do presidente de 81 anos.
Ela confirmou que ele foi examinado três vezes por um neurologista, mas se recusou a dizer por que um especialista em doença de Parkinson visitou a Casa Branca oito vezes em oito meses, alegando preocupações com privacidade e segurança.
Mas essa resposta simplesmente desencadeou um rebuliço entre os repórteres, que a bombardearam com perguntas exigindo uma explicação adequada.
A saúde do presidente está sob intenso escrutínio desde seu desempenho instável durante seu primeiro debate com Donald Trump durante campanha para as eleições presidenciais deste ano.
Vários doadores democratas estão pedindo ao presidente para se afastar e dar vez a um candidato mais jovem. Um deles, o ator George Clooney, um grande arrecadador de fundos para Biden, escreveu em um artigo de opinião no The New York Times na quarta-feira (10) que Biden estava velho demais para buscar a reeleição e deveria encerrar sua campanha.
Clooney, que no mês passado organizou uma arrecadação de fundos de US$ 28 milhões em Hollywood para Biden, que sua campanha disse ter sido a maior de todos os tempos para um candidato democrata, é de longe a figura de maior destaque no partido a pedir ao presidente que encerrar sua campanha.
Os jornalistas dizem que a Casa Branca não está sendo franca nas suas respostas em relação à saúde do presidente. O resultado tem sido uma série de investigações sobre possíveis condições neurológicas, desde a doença de Parkinson até a hidrocefalia.
Mas Biden parece determinado a continuar na disputa. Na segunda-feira, ele enviou uma carta aos congressistas democratas dizendo que não abandonaria a campanha. Depois, fez uma chamada surpresa para o programa “Morning Joe” da MSNBC para criticar as elites que, segundo ele, não compreendiam o apoio que ele tem entre a base democrata.
Fonte: Daily Mail and The New York Times