Autoridades do Federal Reserve (Fed), a Receita Federal americana, cortaram novamente as taxas de juros na quinta-feira (7). É a sua segunda redução de 2024 e o mais recente sinal de que os formuladores de políticas acreditam que a inflação está finalmente ficando sob controle.
As taxas de juros foram reduzidas para uma faixa de 4,5 a 4,75%.
A medida do Fed ocorre dois dias depois que os Estados Unidos elegeram Donald Trump o seu próximo presidente. Jerome H. Powell, o presidente do Fed, disse durante uma entrevista coletiva na tarde de quinta-feira que o caminho imediato do Fed não seria afetado pela vitória de Trump.
O banco central dos Estados Unidos é independente da Casa Branca, o que significa que ele define as taxas de juros sem precisar da aprovação do presidente ou do governo. Para proteger essa independência, os funcionários do Fed tentam evitar falar sobre política diretamente.
Mas os formuladores de políticas poderão ter que considerar como uma presidência de Trump pode mudar a perspectiva econômica nos próximos meses e anos, já que isso pode ser importante para o resultado de suas duas metas oficiais: manter uma inflação lenta e estável, bem como um mercado de trabalho forte.
O Fed tem feito progressos em direção a essas metas nos últimos meses. A inflação saltou acentuadamente a partir de 2021 e atingiu o pico em 2022, mas vem moderando desde então. No último relatório, ela está quase de volta ao normal: os aumentos de preços de setembro chegaram a 2,1% no geral, um pouco acima da meta de 2% do Fed.
Dados econômicos recentes sugerem que não há necessidade de pressa do Fed em reduzir mais ainda os juros. A taxa de desemprego se estabilizou, e os gastos do consumidor têm sido surpreendentemente fortes, então a economia não parece estar nem perto do precipício de uma crise dolorosa.
Fonte: The New York Times