O queijo de Minas foi adicionado à lista global de patrimônio cultural imaterial da UNESCO na quarta-feira (4). A inscrição eleva o perfil do queijo internacionalmente e ajuda a proteger as tradições que o compõem.
O queijo, feito de leite de vaca fresco, apresenta-se nas seguintes formas: fresco, que lembra um pouco o queijo ricota, embora com uma textura diferente; meio envelhecido; e envelhecido.
A produção vem do sudeste do estado de Minas Gerais, uma região de população de 20 milhões de habitantes e conhecida por suas minas e sua agricultura.
O estado é o maior centro de produção de leite e queijo da América do Sul. Mas o queijo de Minas ainda é amplamente produzido por empresas familiares em pequenas fazendas.
Eles misturam leite cru com ‘pingo’, um fermento natural composto por bactérias típicas de cada região”, segundo o arquivo do Brasil enviado a UNESCO, que, combinado com “o período de maturação e o clima de cada local, contribui para o sabor, a cor e o aroma específicos dos queijos”.
A tradição da fabricação do queijo de Minas começou no século XVIII — quando metade do ouro usado no planeta vinha das minas de Minas Gerais, então sob o controle português.
Os portugueses trouxeram técnicas europeias que eram necessárias para preservar alimentos nas longas caminhadas dentro daquela vasta região brasileira. Essas técnicas foram então adaptadas localmente e passadas oralmente por gerações.
A adição do queijo de Minas à lista de patrimônio imaterial da UNESCO o torna a sétima tradição cultural do Brasil a figurar na lista. Está ao lado da capoeira — o esporte de dança/arte marcial — e do frevo, ritmo tradicional do carnaval de Recife.
É o primeiro item alimentício brasileiro a entrar na lista da UNESCO.
Fonte: AFP