Viajar está caro. Mas, ao mesmo tempo, é algo que as pessoas estão priorizando mais e mais. Então, o jeito é encontrar novas formas de viajar e tentar reduzir os custos.
A moda agora é trocar de casa com um desconhecido, ao invés de se hospedar em hotéis ou Airbnb.
Kindred é uma das várias plataformas de troca de casas que permitem que os usuários viajem pelo mundo por menos. Além de ajudar a cortar custos, esses serviços também são uma forma de aliviar as preocupações atuais sobre o turismo excessivo e o aumento dos aluguéis.
“Mais de 90% das nossas casas são as residências principais reais do membro anfitrião, e na maior parte do ano é onde eles vivem”, explica à CNN Justine Palefsky, cofundadora da Kindred. “Os membros estão trocando noites e não dólares, então não há como comprar ou vender noites na Kindred por dinheiro.”
A Kindred foi lançada em 2022 e agora tem 75 mil membros em 150 cidades nos Estados Unidos, Canadá, México e Europa Ocidental. A inscrição na Kindred é gratuita.
“Os anfitriões não ganham receita hospedando, eles apenas ganham a capacidade de ficar na casa de outra pessoa em outro momento.”
Os usuários pagam apenas uma taxa entre US$ 15 e US$ 35 por noite a Kindred quando ficam na casa de outra pessoa, além de cobrir os custos de limpeza no final da estadia. Palefsky diz que isso equivale a cerca de um décimo do custo de um aluguel de curto prazo.
Outra Plataforma do tipo é a HomeExchange, que existe há mais de 30 anos, inicialmente como um negócio de catálogo antes de se mudar para o online. Hoje, tem mais de 200 mil membros em 150 países. Só nos últimos três anos, viu um crescimento de 50% ao ano, com mais de 460 mil trocas em 2024.
O Home Exchange funciona de forma um pouco diferente do Kindred. Os usuários pagam uma taxa fixa de US$ 220 por ano para quantas trocas quiserem.
Mas em ambas as plataformas os usuários têm muito mais trabalho do que se estivesse reservando um Airbnb. Precisam se conectar com potenciais trocadores por videochamada e garantir que eles sejam a escolha certa. O benefício, porém, é uma experiência mais profunda e rica para todos.
O impacto dos aluguéis de curto prazo nas comunidades locais
Esta é uma preocupação que está sendo enfrentada em cidades ao redor do mundo. O Airbnb, em particular, tem sofrido cada vez mais pressão regulatória, à medida que os líderes das cidades buscam acabar com os aluguéis extremamente altos, impulsionados por apartamentos usados por turistas, não por moradores locais.
Desde novembro de 2023, uma lei da cidade de Nova York proíbe os usuários do Airbnb de alugar seus apartamentos inteiros. Aqueles que usam o serviço só podem alugar espaços enquanto também estiverem presentes. Os que não cumprirem correm o risco de pagar milhares de dólares em multas.
Já Barcelona está planejando proibir completamente os aluguéis de curta temporada até 2028, após protestos de rua contra a superlotação turística e uma reação negativa contra aqueles que usam esses serviços.
Fonte: CNN