Mais de 70 empresas na Grã-Bretanha estão passando por um experimento de seis meses no qual seus funcionários trabalham apenas quatro dias na semana, mas mantém o salário de cinco dias trabalhados. Até o momento o resultado é animador. A maioria dos participantes do programa piloto não reportaram nenhuma perda de produtividade; ao contrário, alguns até viram uma significante melhoria na performance dos seus empregados.
Na metade do período de seis meses do programa, das 41 empresas que responderam a uma pesquisa sobre o experimento, 35 afirmaram que é “provável” ou “muito provável” adotarem permanentemente a semana de quatro dias.
O debate sobre a semana de trabalho de quatro dias existe há décadas. Em 1956, o então vice-presidente Richard M. Nixon disse que previa essa mudança em um “futuro não muito distante”. Mas as mudanças provocadas pela pandemia do coronavírus, particularmente nas relações de trabalho, deram impulso a questionamentos do tipo: estamos trabalhando cinco dias por semana só porque temos feito assim por mais de um século, ou é realmente a forma mais eficiente?
Alguns líderes das empresas participantes disseram que a semana de quatro dias deu aos funcionários mais tempo para se exercitar, cozinhar, passar tempo com suas famílias e se dedicar aos seus hobbies, aumentando seu bem-estar e tornando-os mais energizados e produtivos quando estavam trabalhando.
Experimentos semelhantes a da Grã-Bretanha também estão sendo realizados em outros países, principalmente no setor privado, incluindo Estados Unidos, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Austrália.
Fonte: New York Times