Há mais de 4,4 milhões de brasileiros vivendo fora do País. O número foi divulgado pelo relatório “Comunidade Brasileira no Exterior”, documento que reúne os dados mais recentes – coletados em 2021 – sobre a distribuição e localização dos brasileiros que deixaram o país. O estudo foi realizado pela Secretaria de Assuntos Consulares, Cooperação e Cultura do Ministério das Relações Exteriores.
A América do Norte abriga a maior comunidade brasileira fora do Brasil. São pouco mais de 2 milhões de brasileiros, ou seja, 46.9% do total, divididos entre Estados Unidos, Canadá e México. É nesta região também que estão três dos cinco consulados-gerais do Brasil com as maiores jurisdições – Nova York, Miami, Boston, além de Londres e Lisboa – que juntos são responsáveis por mais de 1,75 milhão de cidadãos.
Em segundo lugar vem a Europa, casa de 30,8% dos brasileiros que moram fora, e em terceiro está a América do Sul, com 13,5% dessa comunidade. Ásia, Oceania, Oriente Médio, África, América Central e Caribe, juntos abrigam os outros menos de 10% dos brasileiros que residem no exterior.
Desde 2016, a população brasileira no exterior vem crescendo. Embora não haja dados oficiais para os anos de 2017 e 2019, desde 2016, essa comunidade cresceu de cerca de 2.7 milhões para 4.4 milhões, ou seja, quase duplicou.
Estados Unidos é a casa da maioria dos brasileiros
Somente nos Estados Unidos está cerca de 1,9 milhão de brasileiros. Na jurisdição consular de New York, que engloba os Estados de New York, New Jersey, Pennsylvania e Ilhas Bermudas, há 500 mil brasileiros. Na jurisdição consular de Miami vivem 475 mil brasileiros.
O segundo país com a maior comunidade brasileira é Portugal. A jurisdição consular de Lisboa é responsável por cerca de 275 mil residentes. Depois vem o Japão, que abriga atualmente cerca de 206 mil brasileiros.
É importante destacar, no entanto, que esses números não são um reflexo 100% preciso da quantidade de brasileiros no exterior porque há muitas pessoas que permanecem em situação de imigração irregular e a presença delas acaba não sendo registrada nem mesmo pelas autoridades brasileiras. Isso significa, que o número de brasileiros vivendo fora pode ser ainda maior do que o apresentado por esse documento.