Para incentivar o comércio online, muitas empresas têm políticas de retorno bastante simples. Contudo, a quantidade de devoluções está começando a ser um problema para esses negócios.
A Amazon está adotando novas medidas para fazer com que os clientes devolvam menos de seus pedidos online, inclusive cobrando uma pequena taxa para de quem devolver itens pelas lojas da UPS.
Durante décadas, a Amazon construiu um modelo de negócio baseado na compra rápida e fácil e, aparentemente, à prova de erros. Não gostou, apenas devolva. Mas as coisas estão mudando. São tantos clientes arrependidos e tantos retornos feitos, que as devoluções estão se tornando caras para a empresa.
Por isso, a Amazon começará a cobrar dos clientes uma taxa de US$ 1 quando eles devolverem itens a uma loja da UPS quando houver um supermercado Whole Foods, Amazon Fresh ou Kohl’s próximo do seu endereço de entrega. (A Amazon é dona da Whole Foods e Fresh e tem um acordo de parceria com a Kohl’s.)
Para tentar diminuir a quantidade de retornos, a Amazon também começou recentemente a incluir um selo nos produtos “devolvidos com frequência” em seu site.
Zara, H&M, J.Crew, Anthropologie, Abercrombie & Fitch e outras redes estão cobrando taxas de até US$ 7 pela devolução de itens comprados online; alguns varejistas também estão reduzindo o período em que o retorno pode ser feito.
Os clientes devolveram cerca de 17% do total de mercadorias que compraram em 2022, totalizando US$ 816 bilhões, segundo dados da National Retail Federation.
Isso é uma pressão para os varejistas: para cada US$ 1 bilhão em vendas, o varejista médio incorre em US$ 165 milhões em devoluções de mercadorias, de acordo com a NRF.
As empresas normalmente cobrem as despesas do transporte para que os clientes enviem seus produtos de volta. Esses itens, às vezes, acabam nos armazéns ou nas prateleiras dos varejistas. As lojas então têm que remarcar as mercadorias devolvidas para vendê-las, reduzindo ainda mais seus lucros.
Assim, os produtos devolvidos podem acabar em armazéns de liquidação ou mesmo em aterros sanitários, ou seja, além de dar prejuízo para empresas, ainda podem significar uma ameaça ambiental.
Fonte: CNN