Cinquenta anos após a Woodstock Music & Art Fair que promoveu “três dias de paz e música”, um de seus organizadores originais anunciou que está montando Woodstock 50 para este verão. O evento será realizado durante três dias – de 16 a 18 de agosto – em um espaço verde de 1.000 acres em Watkins Glen, no estado de Nova York, perto dos Finger Lakes. O Rock clássico teve um momento especial no ano de 1969, onde influenciou a cultura e o meio artístico. Foi o Festival de Woodstock. O organizador orignal no evento, Michael Lang, está promovendo uma grande celebração em 2019, segundo a revista Rolling Stones.
O Woodstock Music & Art Fair, aconteceu na cidade de Bethel, em uma fazenda cedida pelo dono das terras, Max Yagur. A cidade de Bethel curiosamente, fica ao lado da cidade vizinha de nome Woodstock no estado de Nova York. Aconteceu nos dias 15, 16 e 17 de agosto de 1969, mas o evento terminou mesmo com Jimmy Hendrix encerrando o festival na manhã do dia 18 depois do nascer do sol.
Com um público de 500 mil pessoas, o Woodstock foi um marco em uma época em que os festivais eram os grandes divulgadores e onde se fazia surgir a força da música e da cultura que esse estilo trazia.
Dos artistas que passaram pelo palco do festival na época, podemos citar nomes que marcaram uma geração de jovens que simbolizavam a paz, amor e solidariedade. A infraestrutura era deficitária, onde se esperava 1/10 do público total, além de uma tempestade que transformou a festa em um lamaçal.
O festival foi uma amostra da contracultura em suas mensagens com o surgimento de um simbolo (paz e amor) representando a geração hippieda época.
Os artistas que se apresentaram no festival de 1969, ficaram marcados na história da música do século XX, como Jimi Hendrix, Janis Joplin, Joe Cocker, Santana, Creedence Clearwater Revival, The Who, Sly & The Family Stone, Jefferson Airplane, The Band e Crosby, Stills, Nash & Young.
O público de 500 mil pessoas o tornou no maior de todos os festivais dos anos 60, mas sua importância também se deu pelo fator social (tanta gente reunida em condições tão precárias e não ter ocorrido nenhum tipo de tumulto demonstrava a disposição de “paz” daquele tipo de público) e econômico: o festival foi lançado como um álbum triplo de grande sucesso e também como um filme documentário, dirigido por Michael Wadleigh (e editado por Martin Scorsese em início de carreira), com 184 minutos e um grande sucesso de bilheteria. Em 1994, o filme ganhou uma versão ampliada, com 225 minutos, que é o for-mato mais comum de encontrá-lo hoje.
Segundo a Rolling Stone, Michael Lang que organizou o evento original irá promover um festival multi-geracional que terá três palcos, 40 atrações e trará nomes quentes do rock atual, alguns dos artistas clássicos que tocaram no festival original, e também um pouco de Hip-Hop e Pop. Também, alguns dos artistas irão prestar tributos aos
grandes nomes que passaram pelo Woodstock de 1969.
Para a realização dos tributos, Lang tem em mente artistas novos tocando o material dos clássicos, como Hendrix ou Joplin, em uma reunião de artistas consagrados para tal fim e até o retorno de velhas bandas.
Não serão anunciados que nomes serão esses até, pelo menos fevereiro, quando começarão as vendas de ingressos.
Público Paz e Amor
O Woodstock 2019 não ocorrerá no exato local do original, mas agora em Watkins Glen, nos dias 16, 17 e 18 de agosto. Lang garante que a infraestrutura será muito melhor e contará com o mesmo conforto (ou até mais) do que os dos festivais contemporâneos.
Lang precisará superar o fiasco de uma comemoração anterior: o Woodstock 1999, que celebrou os 30 anos do evento original, mas foi considerado um evento fraco, mal organizado e ainda terminou em tumulto, com brigas e um incêndio. Contudo, o organizador afirma que, naquela vez, foi “um evento MTV” e ele próprio não esteve tão presente na organização, culminando em um caos, piorado com um clima extremamente quente e garrafas d’ água vendidas caríssimas, que levou a centenas de casos de desidratação.
O organizador, que não teve lucros com o Woodstock original, que foi um sucesso cultural e social, mas um fiasco econômico (a maior parte do público não pagou ingresso e demoliram a cerca que delimitava o evento, mas os promotores tiveram que arcar com a infraestrutura para abrigá-los ao longo dos “3 dias de paz e música”) – garante que quer a edição 2019 em um clima totalmente diferente. Ele firma:
-“O Woodstock ’99 foi apenas uma experiência musical sem significado social. Foi apenas uma grande festa. Com este (de 2019), vamos voltar às nossas raízes e a nossa intenção original. E desta vez, teremos controle sobre tudo.”
Com o rock em baixa em termos mundiais atualmente e eventos celebrativos, como o Dessert Trip Festival (de 2016), sendo necessários para manter alguma relevância, poderá o Woodstock 2019 trazer um pouco da velha chama ou até mesmo se tornar um marco do rock no século XXI?!
Embora a programação do artista não seja anunciada até o mês de fevereiro, quando os ingressos começarão a ser vendidos ao público em geral, o The New York Times informou que o organizador Lang está planejando reservar “uma mistura de bandas legadas, pop atuais e estrelas do rap e possivelmente, algumas combinações de notícias.”
Para incentivar os participantes mais jovens, o festival oferecerá um número limitado de passes com desconto para estudantes universitários de 18 a 25 anos.
De acordo com uma entrevista com Lang publicada na revista Rolling Stone , a equipe de 2019 já reservou mais de 40 astros para comparecer ao evento. Lang sugeriu à revista que haveria tributos homenageando alguns dos artistas originais do festival de Woodstock, incluindo Janis Joplin, Jefferson Airplane, The Band e Joe Cocker.
Haverá 3 palcos principais em Woodstock 50, cada um dos quais oferecerá sua própria programação de música, comédia, palavra falada, filme e comida.
Os organizadores esperam chamar de volta o espírito que animou o icônico evento de 1969 – durante outra época tumultuada na história americana. A missão do Woodstock 50, dizem eles, é “unir as pessoas em uma experiência compartilhada com grandes artistas e incentivar o apoio ativo da igualdade, inclusão e um futuro sustentável compartilhado”.
De acordo com a entrevista, Lang e seus colegas planejam vender cerca de 100.000 passes de três dias para o festival e esperam que a maioria dos participantes acampem no recinto do festival.
A edição do 50º aniversário oferecerá tendas “glamping” e outras comodidades. Tais serviços também podem ajudar o festival de 2019 a se distanciar dos terríveis problemas que afligiram a edição de 1999.
O Símbolo Internacional da Paz
O símbolo internacional da paz, símbolo do movimento hippie, começou a ser utilizado ppor eles na década de 60. Nessa altura o mesmo havia sido criado para a “Campanha de Desarmamento”, mais precisamente em 1958.
Por isso, ao contrário do que grande parte das pessoas pensam, o símbolo da paz não foi desenvolvido pelos hippies e nem é originalmente o símbolo de paz e amor. “Paz e amor” é lema dos hippies, que também o associaram ao temas ecológicos.
O desenho do símbolo significa nuclear disarmament, desarmamento nuclear, em português. Ao mesmo tempo, o movimento New Age ou Nova Era, em português, também se apropriou do símbolo com a finalidade de representar a sua filosofia. A Nova Era busca o equilíbrio, o que é obtido através da paz interior. Mas existem muitos outros usos para esses simbolo que desconhecemos, como a utilizacao como simbolo satânico, conhecido como Cruz-pé-de-galinha ou Cruz de Nero. Na medida em que o mesmo é visto como uma cruz de cabeça para baixo (os braços de Jesus caídos), representa a paz sem Jesus Cristo.
Ao longo dos anos o símbolo da paz foi sendo apropriado por diversos grupos, inclusive como símbolo da anarquia pelos punks, de modo que perdeu a sua finalidade primordial. Mas hoje em dia o simbolo anarquista continua existindo, mas completamente diferente. O símbolo mais popular da anarquia é a letra A dentro de um círculo. Este círculo seria, na verdade, a letra O. A letra “A” é a primeira letra da palavra Anarquia que, em muitos idiomas, sobretudo em línguas européias de origem latina, começa com a mesmo vogal. A letra “O” simboliza ordem. A letra “A” dentro da letra “O” faz referência a uma das mais famosas citações de Pierre-Joseph Proudhon, um dos grandes teóricos do anarquismo, que diz que “Anarquia é Ordem”.
Símbolo de Paz e Amor com os Dedos
O simbolo paz e amor, era utilizado pelas tropas representando vitoria na II guerra mundial. Tal como o símbolo da paz, passou a ser utilizado pelos hippies como uma representação do seu lema.