As Grutas de Botuverá ficam em Santa Catarina, a 15 km do Centro deBotuverá. Possuem, aproximadamente, 1200 metros de extensão e são compostas por vários espeleotemas (esculturas feitas pela água), tais como travertinos, cortinas, couves-flor, chão de estrelas, fendas, vielas, estalactites, estalagmites e passagens distribuídas em labirintos e salões. Constitui um conjunto inigualável e eternizado por pingos de água que gotejam continuamente do teto a centenas e milhares de anos.
A caverna apresenta inúmeros salões que alcançam até 20 metros de altura, povoados por figuras, colunas e calcita escorrida entre outras formas.
Possui uma única entrada conhecida e o início do seu desenvolvimento se dá em piso de argila com bloco calcário.
A partir dos primeiros 50 metros é que se vislumbram os amplos salões que a compõem. O primeiro deles expõe na entrada, à esquerda, uma coluna com 2 a 3 metros de diâmetro. Segue-se pelo piso com aspecto de corrimento calcítico até chegar ao espaço mais amplo onde pode ser observada uma parede com colunas de 10 a 15 cm de diâmetro de estalactites e estalagmites que compõem figura semelhante a um belo órgão de tubos.
A partir da posição do órgão de tubos a gruta oferece três direções: à direita, que conduz ao Salão das Orquídeas, povoado por belas flores de aragonita; a central conduz a um pequeno lago quase seco; e à esquerda oferece o acesso ao restante da caverna. Este acesso permite alcançar os salões da Galeria do Presépio, dos Altares, dos Candelabros, do Púlpito e da Pequena Imagem onde são ressaltadas formas belas.
Os salões mencionados concentram a maior parte das galerias. Além das formas que dão origem aos nomes dos salões, compõem o cenário formas não menos interessantes, como elevados em piso de escorrimento calcítico, travertinos, sílica em box-works, velas, jacaré e colunas.
A galeria de estalactites é a última que pode ser alcançada e se estende horizontalmente através de um túnel de 130 metros a partir do Salão dos Altares, praticamente sem comunicações, em amplo espaço lateral e vertical.
A caverna é povoada por estalactites e estalagmites. A parte mais adornada é a porção central, mais ampla, entre a posição do órgão e a entrada da galeria das estalactites, onde se encontram variadas formas e estruturas calcíticas e os salões oferecem maior facilidade de intercomunicação. Vários anfiteatros podem ser acessados com facilidade de acessos.
Atualmente algumas áreas da caverna estão restritas, tendo em vista a determinação do Plano de Manejo do Parque, com a finalidade única e exclusiva de não prejudicar as formações e a diversidade biológica.
A cavidade foi formada pela dissolução de rochas carboníferas do período Pré-cambriano, há pelo menos, 65 milhões de anos e caracteriza-se por possuir galerias e amplos salões ornamentados com estalactites, estalagmites, colunas e outras formações.
A diversidade biológica nesta gruta é considerada alta para uma cavidade sem curso d’água no Brasil. Foram registradas 7 espécies de morcegos e mais 35 espécies de invertebrados.
Sob este aspecto, destaca-se no contexto espeleológico nacional pela ocorrência de 6 espécies endêmicas (exclusivas do local) e altamente especializadas de invertebrados. Apenas 10 cavernas brasileiras possuem um número tão expressivo de troglóbios (espécies de vida restrita às cavernas).
A partir de 1998, a Prefeitura Municipal de Botuverá, com o apoio do Fundo Nacional do Meio Ambiente (Ministério do Meio Ambiente) e assessorada pelo Grupo de Estudos Espeleológicos Açungui (instituição voltada à proteção de cavidades naturais), iniciou diversos estudos para a elaboração e implantação do Plano de Manejo do Patrimônio Espeleológico.
Os estudos definiram as medidas necessárias para oferecer à população uma opção turística de qualidade, na qual a principal preocupação é a proteção do ambiente cavernícola.
Com completa infraestrutura para o turista ou para quem quer passar momentos agradáveis em contato com a natureza, o parque dispõe de churrasqueiras, praça de alimentação e disponibiliza estacionamento para carros e um exclusivo para ônibus.
Para aqueles que não podem visitar as cavernas é possível fazer uma trilha pela mata até uma cachoeira.
Fonte: turismo.sc.gov.br