Uma das grandes vantagens da produção agro-ecológica esta no fato dos vegetais serem mais nutritivos e saudáveis de não conter resíduos químicos tóxicos e contribuir para melhorar a qualidade do solo, água e do ar. Enquanto os fertilizantes artificiais têm sido utilizados durante os últimos 150 anos, até a década de 40 praticamente todos os vegetais foram cultivados organicamente.
Após a Segunda Guerra Mundial houve um incentivo para tornar as explorações agrícolas mais produtivas quanto possível. Os produtos químicos utilizados na guerra foram aplicados à agricultura. O nitrato de amônio utilizado em explosivos militares foi adicionado ao solo para aumentar o nível de nitrogênio. O DDT, que protegia os soldados contra os mosquitos transmissores da febre tifóide, também passou a ser utilizado na agricultura destruindo os insetos pragas nas culturas.
Avanços na engenharia química criaram novos produtos – herbicidas, inseticidas e fungicidas – que vieram com a promessa de tornar a agricultura mais fácil e as terras mais produtivas. Com a revolução causada pelas máquinas e produtos químicos sintéticos, a agricultura “sintética” se tornou uma regra. Embora este aumento da produção alimentar e ganho econômico tenha sido a curto prazo, em contrapartida teve um longo prejuízo sobre a qualidade do solo, água e ar, bem como a saúde humana e animal.
O termo “agricultura biológica” foi pela primeira vez utilizado em 1940 no livro “Look to the Land” por Lord Northbourne.
Também em 1940, o botânico britânico Sir Albert Howard publicou “Um Testamento Agrícola”. Como conselheiro agrícola da Índia, Sir Albert concebeu um sistema de produção de plantas e animais sem utilizar produtos químicos sintéticos.
Em 1943, Lady Eve Balfour publicou “The Living Soil” e em 1945 fundou a “Soil Association”, que incidiu sobre as relações da saúde do solo com a saúde das plantas, animais e pessoas. Lady Eve tem credito no moderno movimento orgânico na Grã-Bretanha. A agricultura convencional usa métodos que aumentam as safras nas primeiras colheitas, mas depois torna o solo empobrecido. Os fertilizantes sintéticos substituem os macronutrientes, mas os minerais traços não são substituídos; os pestictam os microorganismos benéficos – necessários para manter a saúde do solo – junto com os organismos considerados pragas. Gradualmente, a estrutura do solo é destruída. Métodos biológicos restauram a saúde do solo pela adição de composto de chorume, criando um saudável equilíbrio de nutrientes. Solo saudável significa vegetais de qualidade, pesquisas mostraram que os vegetais orgânicos contêm maior quantidade de certas vitaminas e minerais, tais como a vitamina C.
A qualidade da água está ameaçada por fertilizantes e pesticidas que são lavadas pelas enxurradas tanto em áreas rurais quanto urbanas.
Em 1962, o livro de Rachel Carson “Silent Spring” levantou a questão para os efeitos devastadores do DDT e outros pesticidas na saúde humana, animal e ambiental.
No Reino Unido, hoje, a “Soil Association” relata o uso de mais de 400 produtos químicos para matar insetos, ervas daninhas e outras pragas. Os pesticidas têm sido relacionados ao câncer, mal de Parkinson, fadiga crônica e muitas outras doenças. OGM – organismos geneticamente modificados – são criados através da transferência de genes de uma espécie para outra. Os mais comuns são o milho Bt e a soja RR.
Embora a engenharia genética utilize o pretexto de culturas livres de doença e teor de vitamina maior em vegetais, não sabemos as conseqüências a longo prazo para a saúde humana e no ambiente em geral, da liberação de plantas criadas desta forma. A produção agroeocológica é um bom negócio.
A partir do momento em que as pessoas passarem a compreender a saúde e os benefícios ambientais do crescimento natural dos alimentos, os vegetais orgânicos serão cada vez mais consumidos. Os orgânicos crescem em todo o mundo, as vendas de alimentos orgânicos estão subindo a uma taxa de cerca de 10 por cento anualmente. As empresas multinacionais como o McDonald’s estão vendendo produtos lácteos orgânicos em seus restaurantes europeus. Como é a produção agroecológica? Esse sistema leva em consideração todas as relações de todos os organismos vivos e trabalha em sintonia com os ciclos da natureza.
Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br