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O Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), localizado em Goiânia (GO), tornou-se referência nacional e internacional depois de implementar o sequenciamento genético (DNA) de 11 espécies brasileiras de peixes de água doce.

Os dados estão disponíveis no banco de dados do Bold Systems da University of Guelph, em Ontário, no Canadá.

Foram identificadas e catalogadas as espécies: bandeirado, cangatá, timbiro, cambeua, guarijuba, piramutaba, cara-de-gato, piracatinga, piranambu, uritinga e mandira. Os exemplares foram encaminhados para a PUC-Minas, fixados e preservados em museu, onde um taxonomista especialista em pescado faz a classificação baseada nas características morfológicas de cada indivíduo encaminhado.

Nas análises, é utilizada uma molécula do DNA encontrada nas células, em certas regiões conservadas e que são semelhantes para indivíduos de uma mesma espécie biológica. A técnica utilizada chamada de PCR (reação em cadeia da polimerase) permite fazer cópias dessa região. A partir delas, é feito o sequenciamento e descoberta da identidade do fragmento gerado, de forma que, no fim das análises para cada amostra de peixe, uma sequência de DNA é gerada.

“Para identificar a espécie a qual a sequência pertence, a informação validada é buscada em banco de dados internacional, sistema de barcode da vida. A previsão é de que nos próximos anos todas as espécies do planeta tenham o seu barcode depositado no banco de dados”, afirmou Maria da Glória Trindade, auditora fiscal federal agropecuária e geneticista do Lanagro.

Banco de Dados

Em 2003, o pesquisador canadense Paul Hebert, da Universidade de Guelph, propôs iniciativa global denominada Barcode of Life Project, com o objetivo de catalogar o DNA barcode de todos os organismos descritos pela ciência em todo o mundo.

Depois de mais de uma década de pesquisas científicas, há grande suporte de trabalhos com invertebrados, pássaros, peixes e outros. São as chamadas de Bibliotecas de DNA Barcode desenvolvidas para peixes da Austrália, Argentina, Brasil, Canadá, Cuba e México, com mais de 5 milhões disponíveis para consulta no site: www.boldsystems.org.

No Brasil, o responsável é o professor adjunto da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais, Daniel Cardoso de Carvalho, coordenador do laboratório de Genética da Conservação, doutor em genética animal.

Fonte: Portal Brasil

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