Haile Selassie nasceu em Ejersa Goro, Etiópia, África, no dia 23 de julho de 1892. Filho de Ras Makonnen, conselheiro e primo do imperador Menilek II, foi batizado com o nome de Tafari Makonnen. Com grandes habilidades, em 1909, foi nomeado governador da província de Sidamo. Em 1911 tornou-se governador geral de Harrar.
Ainda em 1911, casa-se com Wayzaro Menen, bisneta do imperador Menilek II, assim tornando-se Ras. Em 1913, quando Menilek II morreu, seu neto Lij Yasu sucedeu ao trono, porém sua estreita relação com o islã o tornou impopular junto à maioria da população de religião cristã da Etiópia. Em consequência, em 1916, a Assembleia dos Nobres em conjunto com a Igreja Ortodoxa Etíope, depôs o imperador Lij Yasu.
Em 1917, Zauditu, filha do imperador Menilek II tornou-se imperatriz e Ras Tafari foi nomeado regente e herdeiro do trono. Em 1923, a Etiópia foi admitida na Liga das Nações.
Em 1928, com 36 anos, Ras Tafari recebeu o título de negus. Em 1930, ele foi coroado o 225º imperador etíope, que segundo a crença, remonta da dinastia do Rei Salomão e da Rainha de Sabá. A partir de então, mudou seu nome para Haile Selassie. Em 1931, é promulgada a primeira Constituição da Etiópia.
No dia 30 de junho de 1936, na Liga das Nações, hoje ONU, em Genebra, na Suíça, Haile Selassie realizou um memorável discurso: “Enquanto a filosofia que declara uma raça superior e outra inferior não for finalmente e permanentemente desacreditada e abandonada, enquanto não deixarem de existir cidadãos de primeira e segunda categoria de qualquer nação, enquanto a cor da pele de uma pessoa não for mais importante que a cor dos seus olhos, enquanto não forem garantidos a todos por igual os direitos humanos básicos, sem olhar a raça, até esse dia, os sonhos de paz duradoura, cidadania mundial e governo de uma moral internacional irão continuar a ser uma ilusão fugaz, a ser perseguida, mas nunca alcançada. E igualmente, enquanto os regimes infelizes e ignóbeis que suprimem os nossos irmãos, em condições subumanas, não forem superados e destruídos, enquanto o fanatismo, os preconceitos, a malícia e os interesses desumanos não forem substituídos pela compreensão, tolerância e boa-vontade, enquanto todos os africanos não se levantarem e falarem como seres livres, iguais aos olhos de todos os homens como são no Céu, até esse dia, o Continente Africano não conhecerá a paz. Nós africanos iremos lutar, se necessário e sabemos que iremos vencer, pois somos confiantes na vitória do bem sobre o mal”.
Haile Selassie organizou reformas sociais, econômicas e educacionais na tentativa de modernizar o país. Em 1955 promulgou nova Constituição que concentrou o poder em suas mãos.
Em 1974, um segmento do Exército organizou um motim e a dinastia liderada por Halie Selassie foi deposta. Selassie é mantido em prisão domiciliar em seu palácio, onde passou seus últimos dias até agosto de 1975 quando faleceu.
Fonte: www.ebiografia.com, por Dilva Frazão