O filme Divino Amor (Divine Love) do diretor brasileiro Gabriel Mascaro (Boi Neon) teve sua estreia mundial no Sundance Film Festival, foi aclamado pelos críticos e recebeu reações intensas do público. Recomendado apenas para o público adulto, o filme surpreende e provoca todos os que o assistem. Sua estréia norte-americana começa na sexta-feira, dia 13 de novembro, pela Outsider Pictures e Strand Releasing.

É o ano 2027 nessa história futurista sobre Joana (estrela brasileira Dira Paes), que usa sua posição no cartório para convencer casais se divorciando a continuar juntos. A arma secreta é “Divino Amor,” um culto evangélico ao qual Joana pertence e que mistura práticas de terapia em grupo com um pouco de swinging em suas preces tradicionais e estudos bíblicos.

Uma crise em seu próprio casamento aproxima Joana de Deus que é o fundamento de sua vida. Quando Joana não consegue engravidar de seu marido, ela reza regularmente em um drive-in de igreja, pedindo por um sinal de que ela conceberia um filho, mas ela acaba recebendo um sinal ainda maior do que ela estava preparada.

Divino Amor é uma versão não usual de um futuro religioso cheio de festas dançantes, orgias ritualísticas, cultos e Cristianismo Evangélico, assim como uma crítica do Brasil atual conduzido pela direita. O diretor Gabriel Mascaro diz que “o filme acontece em um tempo onde a maioria da população do Brasil se torna evangélica, mas o estado ainda diz ser secular. Esse é um filme que especula sobre o futuro próximo através de uma alegoria extraordinária.

Divino Amor é um comentário sobre a agenda conservadora, fanática e nacionalista que está se espalhando sobre o mundo e a forma como aqueles que não concordam com ela, interagem com ela. O Brasil tem sido tradicionalmente tratado como um país liberal e unido, onde a celebração do carnaval mostram a diversidade e cordialidade do país. Mas é um fato que durante os últimos anos, uma transformação cultural, social e política liderada por forças poderosas e ultra-conservadoras de tomado o país.”

Ao invés de contar a história de uma personagem lutando contra essa tomada conservadora, eu queria contar a história de uma mulher consumida pelo desejo de avançar a agenda religiosa conservadora de uma maneira muito pessoal. Se um abismo social têm emergido como resultado do ódio e da má compreensão, o cinema é um espaço onde eu posso fantasiar encontros improváveis.”

“Um comentário sociopolítico complexo e exuberante”.
—Eric Kohn, IndieWire

“Chocante, maravilhosamente encenado e surpreendentemente erótico”.
—Tomris Laffly, RogerEbert.com

“Uma meditação íntima e cuidadosa sobre espiritualidade e sensualidade”.
—Sarah Ward, Screen International

“A nova era do cinema brasileiro de protesto começa aqui”.
—Guy Lodge, Variety

Fonte: Pilar D. Garrett, Cinema Tropical

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