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Com a crise e o futuro incerto no Brasil um grande número de empreendedores estão migrando para Terra do Tio Sam, em especial Flórida. Com isso o número de consultores brasileiros também vem aumentando nessa área. Eles migram para os EUA e oferecem serviços não só para americanos, mas principalmente para brasileiros empresários.

Um bom exemplo disso é a segunda edição do evento Jornada Empreendedora em Orlando, no Loews Sapphire Falls, Universal Resort, nos dias 3, 4 e 5 de julho, que tem como objetivo a abertura de novas perspectivas relacionadas a este mercado, oferecendo aos participantes palestras com experts em empreendedorismo e investimentos, americanos e brasileiros.

Segundo assessora de impresa, Ana Penteado, a expectativa é de receber cerca de 1200 convidados durante os três dias do evento. E o principal objetivo é ajudar a internacionalizar marcas e empresas que desejam de alguma maneira migrar  para a terra do Tio Sam, gerando novos negócios locais, explorando oportunidades de consultorias com os mais renomados profissionais do setor e absorvendo amplo conteúdo junto aos considerados mestres do empreendedorismo.

Um bom exemplo disso é a empresa de consultoria Awee Business, criada em São Paulo em 2016, expandiu para Florida, Estados Unidos, dois meses atrás com a meta de estruturar o máximo de negócios possíveis com brasileiros que vivem na América.

Com uma linguagem simples e valores de baixo custos, a Awee Business já atende a vários clientes brasileiros que moram fora do Brasil, e só este ano já fez cinco novos clientes que atualmente vivem no Canadá, Japão e Arábia Saudita.

Segundo a fundadora, Nany Martins (foto), a empresa cresceu o dobro em 2018 comparado a 2017. “Nossa base de clientes e faturamento chegou a crescer 100%. Para 2019 esperamos manter o ritmo de 2018, dobrar nossa base de atendimentos e receita.”

Ela escolheu a Florida porque todos os brasileiros que se propõem a montar um negocio fora do Brasil, cerca de 90% estão na Florida, por ter um clima parecido ao do brasil.

Sobre a burocracia para abrir um negocio na America, Nany conta que pode ser um choque para quem está acostumado com a burocracia brasileira. Na Florida, em alguns dias você já pode estar com seu negócio operando com burocracia praticamente zero (a depender do tipo de empresa, localidade e se algum tipo de licença for necessária por se tratar de atividade fim regulada).

É possível realizar sozinho através do site do Florida Department of State para registrar no estado da Flórida os dois tipos de empresa mais comuns: Limited Liability Company (LLC) e Corporation. Todo o registro é feito online pelo site http://dos.myflorida.com/sunbiz/.

A maior dificuldade que o Brasileiro vai encontrar, segundo Nany, é no Business Plan, incluindo viabilidade, análise de mercado, analise competitiva e cálculo de recursos financeiros necessários para o negócio. Isso não garantirá sucesso, mas aumentará as chances.

“Nosso investimento inicial foi em torno de $500 a $2 mil. E dentro das nossas projeções antes do final de 2019 conseguiremos bater a meta. O formato do nosso negócio, nos possibilita entrar nas empresas e estruturar no detalhe, incluindo a capacitação dos líderes. Aumentando os resultados com um menor espaço de tempo. O que nos torna “desejados” pelos empresários Brasileiro na América.”

Sobre os benefícios que essa expansão para Florida trará para a Awee é a possibilidade de conhecer o mercado americano e expandir o nosso propósito e formato de negócio. “O Brasileiro é naturalmente um povo criativo e com espirito empreendedor. Uma vez que se obtenha direcionamento e estratégia, consegue sair dos indicadores de empresas que quebram antes dos dois anos de vida e passam a fazer parte das empresas de sucesso”, afirma.

Ela acrescenta que independente do local que pretenda abrir um negócio, o empresário precisa ter em mente que sem a estruturação da ideia expandir isso para o negócio não tem como avançar e ir muito longe. Sem projeções, analises, metas e padronizações por menor que seja a empresa, se torna impossível chegar longe e se manter em um crescimento orgânico e saudável.

“O que diferencia o brasileiro do americano é a estruturação antecipada do negócio. O americano primeiro estuda, testa e só depois põe em prática. Grande parte dos Brasileiros põe em prática e vê no que dá.”

As consultorias podem ser feitas por áreas ou por projetos, tais como: estratégias de alavancagem de negócios, marketing estratégico para posicionamento de marca e vendas, finanças e toda área de produção e gestão de pessoas. “Atuamos em diversas frentes, como estruturação de negócios, análise do empresario e a partir disto montamos e trabalhamos, começando pela maior deficiência e pelo mais urgente. Durante a estruturação do negócio, também trabalhamos a capacitação do empresario,  o tornando hábil para gerenciar a empresa, funcionários, parceiros e a vida pessoal.”

Nany conta que se especializou e ganhou destaque no mercado Brasileiro, em consultorias e assessorias para ‘influencers e youtubers’, tornando o Instagram um canal em uma empresa, com fonte de renda. Aumentando o engajamento, e audiência.

Fazendo uma ligeira comparação do cliente brasileiro versus estrangeiro, Nany conta que o brasileiro normalmente faz e depois vê no que acontece, já o estrangeiro é mais conservador, primeiro estuda, analisa para depois dar início a algo.

Fotos: divulgação

VIVIANE FAVER
Jornalista
vfaver@gmail.com

VIVIANE FAVER

By VIVIANE FAVER

Jornalista radicada em NYC. Estagiou e trabalhou no Jornal do Commercio por 10 anos na editoria de economia. Mudou-se para NY em 2014, onde começou a colaborar para o jornal The Brasilians, o Extra, O Dia, CNN Style (Londres), New York Beacon, entre outros. Também trabalha com documentários, o mais recente foi o 'Queen of Lapa', que ganhou o prêmio no festival LGBT, NewFest, em NYC, em 2019.

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