Fagundes Varela foi um poeta brasileiro. Fez parte da terceira geração de poetas românticos do Brasil. Sua poesia além de apresentar temas sociais e políticos, desenvolveu também temas sobre a natureza e temas que falam de angústia, solidão, melancolia e desengano. É patrono da cadeira nº 11 da Academia Brasileira de Letras.
Fagundes Varela (1841-1875) nasceu na Fazenda Santa Clara, em Rio Claro, na então província do Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto. Era filho do Magistrado Emiliano Fagundes Varela e Emília de Andrade. Em 1860 iniciou sua vida em São Paulo, onde ingressou na Faculdade de Direito no Largo São Francisco. Nesse mesmo ano publica seus primeiros trabalhos literários. Participa da vida boêmia da cidade. Em 1861 publica o livro de poesias “Noturnas”.
Fagundes Varela apaixona-se por Alice Guilhermina Luande, filha do proprietário de um circo que estava instalado em São Paulo. Segue-a até Sorocaba e lá se casa no dia 28 de maio de 1862. Em 1863 nasce seu filho Emiliano, que morre com apenas três meses de vida. A morte do filho lhe inspira seu mais famoso poema “Cântico do Calvário”.
Em 1865 muda-se para Recife, onde presencia a onda de nacionalismo ali desencadeada. Ingressa na Faculdade de Direito. No mesmo ano, com a morte da esposa, volta para São Paulo. Em 1866 retorna para a Faculdade mas pouco frequenta as aulas. Nessa ocasião, Fagundes renuncia aos estudos definitivamente e volta para a sua casa paterna.
Em 1869 casa-se com a prima Maria Belisária Lambert. Da união nasceram duas filhas, Lélia e Rute. Seu terceiro filho também chamado Emiliano, não sobrevive.
Suas obras: “Noturnos” (1861), “Cântico do Calvário” (1863), “O Estandarte Auriverde” (1863), “Vozes da América” (1864), “Cantos e Fantasias” (1865), “Cantos Meridionais” (1869), “Cantos do Ermo e da Cidade” (1869), “Anchieta ou Evangelho na Selva” (1875), “Cantos religiosos” (1878), “Diário de Lázaro”(1880).
Luís Nicolau Fagundes Varela morre na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, no dia 18 de fevereiro de 1875.
Fonte: www.ebiografia.com, por Dilva Frazão