O município de Holambra caracteriza-se pela imigração holandesa no Brasil, resultante da busca de novos horizontes, após a 2a Guerra Mundial. Antes mesmo de sua municipalização, a região fundou, em 1948: a Cooperativa Agropecuária de Holambra, situada na Fazenda Ribeirão, entre os municípios de Jaguariúna, Santo Antônio de Posse, Artur Nogueira e Cosmópolis. Seus 5000 (ha) foram divididos em lotes e distribuídos aos cooperados, mediante o compromisso de se desenvolver qualquer atividade produtiva.

O gado holandês subjugado pelo clima e pelas doenças tropicais, não se adaptou à região, dando lugar à lavoura diversificada e à criação de porcos e galinhas climatizados.

O sentimento comunitário se fez presente na luta pela autonomia política quando a população votou a favor da emancipação do município.

Com a conquista de sua condição de município, Holambra empossou, em 1993, seus primeiros representantes dos poderes Executivos e Legislativos. Hoje, a economia municipal é praticamente focada na atividade agropecuária. Com dimensão territorial relativamente pequena em relação aos outros municípios brasileiros, Holambra tem quase toda sua produção agrícola advinda de um grupo aproximado de 287 produtores. Desta situação derivou-se um evento anual de importância nacional, a EXPOFLORA, que se repete anualmente no mês de setembro, com atividades de exposição e comercialização de flores, plantas ornamentais e equipamentos agrícolas específicos para esse setor agrícola.

O atual município de Holambra começou com a chegada dos primeiros imigrantes holandeses em 1948. A Associação dos Lavradores e Horticultores Católicos da Holanda promovia a imigração dos agricultores e enviou ao Brasil uma comissão para idealizar um projeto de fundação de um núcleo de imigração coletiva. Foi firmado, então, um acordo entre a Holanda e o Brasil e a parte brasileira se comprometeu em conceder empréstimos para a aquisição da terra onde seria instalada a colônia.

A Fazenda Ribeirão, que pertencia ao Frigorífico Armour, foi comprada e o nome Holambra foi escolhido pelos imigrantes, representando a filosofia da união entre brasileiros e holandeses, Holanda-América-Brasil, e objetivando a integração econômica, cultural e social do homem do campo.

A Holanda, por sua vez, enviou ao núcleo do Brasil gado, máquinas e outros materiais necessários para o empreendimento. Iniciou-se um trabalho árduo com a construção de casas de pau-a-pique, abertura da mata e preparação da terra para os pastos. Nesse início, as primeiras fontes econômicas advinham do gado leiteiro, mas em pouco tempo vieram as doenças e o gado foi dizimado. As atenções voltaram-se, então, para a agricultura, mas houve problemas e, por conta da compra do adubo importado a preços elevados, a situação financeira da colônia tornou-se crítica. Para melhorar a situação, os agricultores dividiram a Fazenda Ribeirão em sítios com exploração diversificada. Com essa diversificação a colônia foi se estabilizando, um vez que a produção era processada e comercializada pela Cooperativa Agropecuária Holambra.

Todas as culturas em Holambra tiveram seu período de glória, principalmente as culturas de flores e de plantas ornamentais, que proporcionaram à comunidade um grande crescimento econômico nesse segmento, principalmente entre as décadas de 60 e 80. Com esse desenvolvimento, Holambra finalmente tornou-se município em 1991.

O Cultivo de flores iniciou-se no ano de 1951, com a produção de gladíolos (palma de santa rita), mas foi entre 1958 e 1965 que a cultura se expandiu. Em 1972 criou-se o departamento de floricultura, dentro da cooperativa para a venda de grande variedades de flores e plantas ornamentais.

A vida comunitária teve seus improvisos. Um barracão onde funcionava a marcenaria cedia espaço para noites dançantes, ao som de discos trazidos da Holanda ou ao vivo por harmônicas e gaitas tocados por imigrantes. Nestes bailes, nos sábados a noite, holandeses e brasileiros dançavam juntos mesmo com dificuldades de idioma. As atividades esportivas também eram valorizadas como forma de entrosamento. Aos domingos todos se encontravam ao pé da cachoeira, para se refrescar. Depois, por motivo de perigo de acidentes na cachoeira, foi construído um grande lago artificial, transformando-o em Mini Praia, local para esporte aquático, aulas de natação, lazer e confraternização.

A integração holandeses e brasileiros deu se logo no início, em festas e bailes, ou na prática de esportes. No entanto, o primeiro casamento ocorreu em 1956 entre homem holandês e mulher brasileira. Nos anos seguintes, mais holandeses se casaram com brasileiras, mas até 1970 o número era modesto. Até então não havia sido realizado praticamente nenhum casamento de mulheres holandesas com brasileiros. Este fator se deve ao cultural. Nos anos 80 e 90, a porcentagem de casamentos já era mista. Até os anos oitenta Holambra era uma pequena comunidade sem grandes problemas a nível social. Resolvia-se tudo entre eles mesmo, com comissões de voluntários de todas as áreas, como por exemplo: comissão de igreja, outro de esporte, saúde, cultural e outros.

Em 1998, Holambra recebe o título de Estância Turística.

Hoje, Holambra se firma no cenário nacional e internacional como Cidade das Flores, tendo índice de criminalidade quase zero, taxa de mortalidade infantil em 5,99 mortes a cada mil nascimentos, o que é uma das mais baixas do País. Holambra também está apontada como 24ª colocada em uma pesquisa sobre qualidade de vida realizada em todo os 645 municípios do estado de São Paulo e ocupando o 1º lugar na região de Campinas. O “Museu Histórico e

Cultural de Holambra”, localizado no centro de Holambra, expõe esta história de imigração e colonização holandesa, através de um acervo de duas mil fotos, réplicas de casas de pau-a-pique e alvenaria devidamente mobiliadas da época, como também, objetos, maquinarias e tratores utilizados pelos imigrantes.

A gastronomia holambrense é atualmente uma atração à parte para quem visita a estância turística. Doces, salgados e os pratos da culinária holandesa podem ser encontrados em confeitarias, cafés e restaurantes típicos instalados na cidade e ricamente decorados com objetos e cores da Holanda.

Restaurantes, bares e cafés com ambientes aconchegantes e ecléticos, possibilitam momentos de tranquilidade debaixo de um guarda-sol e em meio a árvores frondosas, oferecendo aos turistas os mais elaborados pratos das culinárias brasileira, alemã e indonésia, com iguarias que podem até ter nomes complicados, como Pannekoek (panquecas), Eisben (joelho de porco), a Batata Holandesa, Poffertjes (doce exclusivo da Expoflora), Speculaas, Stroopwafel (bolachas), Violtje (doce de violeta) e Sorvete de Rosas, mas que proporcionam prazer aos paladares mais exigentes.

A Cidade das Flores oferece durante o ano todo diferentes opções de lazer para todas as idades e tipos de público. Elas são muitas e estão permanentemente à sua disposição.

Em Holambra o turismo rural possibilita ao visitante um contato direto com a exuberante natureza que existe dentro e fora da cidade, através de passeios a cavalo por trilhas em matas fechadas e campos, e também a oportunidade de observar e interagir com uma riquíssima e diversificada fauna, que pode ser encontrada num grande parque temático instalado na cidade, que contém inclusive flores em produção abertas a visitação.

O turista pode usufruir também de uma das mais badaladas vidas noturnas da Região Metropolitana de Campinas, com diversos bares e restaurantes, ou aproveitar seus momentos de descanso para realizar agradáveis caminhadas e passeios por lindos lagos e belíssimas praças, que formam cenários perfeitos para um inesquecível programa de lazer. Além disso, a Cidade das Flores oferece durante o ano inteiro um recheado calendário de eventos que pode ser desfrutado por turistas e visitantes ocasionais em todos os meses, incluindo-se as datas tradicionais, como Carnaval, Páscoa e Natal.

Realizada pela Prefeitura Municipal, a de-coração de Natal na Cidade das Flores toma conta dos principais espaços públicos do município e impressiona a todos que a visitam pela riqueza artística e criativa que ostenta em diferentes cores, formatos e temas. Aproximadamente um milhão de lâmpadas são algumas das principais atrações que o Natal de Holambra apresenta todos os anos.

O Encontro Nacional de Carros Antigos da Cidade das Flores recebe todos os anos, durante os três dias, a visita de mais de 20 mil pessoas.

A EXPOFLORA exibe toda a beleza das flores durante o mês de setembro, essa grande festa recebe mais de 280 mil turistas todos os anos.

A tradicional Corrida na Lama de Holambra é um sucesso de público e participantes. O acontecimento atrai a atenção do público e da imprensa nacional.

A Expoflora

O objetivo principal da Expoflora é o resgate de aspectos culturais e sociais da Comunidade de Holambra, além da divulgação do trabalho desenvolvido pelos filhos dos primeiros imigrantes nas atividades rurais no município. Em sua primeira edição atraiu mais de 12.000 pessoas em um único final de semana. Com o passar dos anos, a Expoflora se transformou na maior manifestação cultural da imigração Holandesa e na maior festa de flores e plantas da América Latina. Toda Comunidade está envolvida, direta ou indiretamente no evento que projetou nacionalmente a cidade de Holambra e de forma decisiva contribuiu com a elevação do município à categoria de Estância Turística do Estado de São Paulo. O principal objetivo da Expoflora nos dia de hoje, continua sendo a divulgação da Cultura Holandesa nas mais variadas formas, através das danças típicas, da culinária, do artesanato holandês, da música entre outras.

Em ambiente climatizado, cerca de 250 mil hastes de flores e plantas são utilizadas na exposição de arranjos florais para emocionar e encantar a todos os visitantes. Uma rara oportunidade

de admirar a arte em arranjos florais preparados por uma grande equipe.

Os ritmos e histórias do folclore holandês são apresentados com a graça e desenvoltura pela juventude holambrense. A Chuva de Pétalas é um espetáculo diário, realizado às 17h, no qual são utilizados 150 quilos de pétalas, equivalente a 18 mil botões de rosas, despetalados um a um. Diz a tradição, na Expoflora, de que quem pega uma pétala no ar tem os seus desejos realizados. Outros pontos a serem visitados: Garden Center e o Jardim dos Apaixonados.

Existem várias opções para presentear e levar um pedacinho da Holambra para sua casa. Na culinária os confeiteiros e chefs holandeses criam sempre novas receitas para atrair os visitantes pelo paladar, além dos tradicionais pratos típicos holandeses.

Fontes: Biblioteca IBGE Holambra, História de Holambra, www.achetudoeregiao.com.br, www.turismoholambra.com.br, www.holambra.tur.br, www.expoflora.com.br e holambra.cnpm.embrapa.br

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