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O Creative/Lab – das sócias Fernanda Simões e Rafaela Castro Neves, inaugurado no ano passado, em Nova Iorque, é uma plataforma que compartilha conhecimento especializado para moda criativa com objetivo de ajudar empresas na internacionalização de sua marca.

O projeto conta com dois cursos online: Moda empresarial e Moda criativa, que estreou em janeiro. A duração pode ter até 12 semanas e são apresentados através de vídeos e materiais exclusivos para download como ebooks, templates, listas de e-mail e relatórios.

Porém, a grande sacada nesse modelo de negócio criado pelas duas brasileiras é que a plataforma é facilitada pela Twotwelve, uma organização de moda, que funciona há 12 anos, baseada em Nova Iorque e responsável pelo sucesso de grandes marcas brasileiras no mercado americano e europeu como Água de Coco, Cecilia Prado, FARM e Moeva London, entre outras.

Além disso, a plataforma conta ainda com a parceria da Associação Brasileira de Estilistas (ABEST) que conta com mais de 130 marcas varejista de todo o Brasil que exportam produtos para 57 países. Associação que tem o convenio com o Programa de Internacionalização da Moda Brasileira de Valor Agregado, da Associação Brasileira de Estilistas, criado há mais de 10 anos em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).

Segundo a gerente de negócios da Abest, Renata Gouvea Meirelles, grande parte das empresas que entram na associação e nesse projeto de exportação, possuem um produto com alto potencial de exportação “Existe muito benefício na internacionalização de uma empresa de moda. Seja ela não depender única exclusivamente do mercado interno, e, também o fato que uma empresa que exporta esta mais preparada para atuar num mercado seja ele qual for e, por isso esse processo de capacitação é super importante”, acredita Renata.

Sobre essa nova plataforma, a sócia, Fernanda Simões, detalha que seus clientes vem de uma demanda do mercado, onde, através do showroom Two-twelve, notou-se uma demanda muito grande em empresas que queriam exportar, com dinheiro para aplicar, porém não tinham as informações necessárias para um sucesso duradouro.

Fernanda completa, que com a crise no Brasil e o aumento do dólar é normal que as marcas queiram explorar o mercado internacional.

“Quando a marca expande internacionalmente ela ganha aumento dos lucros, reconhecimento internacional, valorização do trabalho no Brasil, aumento de produção, diversificação de clientela entre outros”, explica.

Como as duas sócias já possuíam a empresa Two-twelve em Nova Iorque, a parte burocrática do novo projeto foi simples. “Criamos um novo núcleo de empresa dentro do Twotwelve, que acredito ser um processo mais simples e mais rápido do que no Brasil.

Para 2020, a expectativa é que além do crescimento de alunos para a da plataforma com os cursos, será também levar a exportação para empresas menores e mostrar que exportar não é só para os grandes. “A exportação deve ser tratada como um novo negócio, com investimento e lucro próprios e qualquer marca disposta a investir/focar no mercado internacional, pode obter sucesso.”

VIVIANE FAVER
Jornalista
vfaver@gmail.com

VIVIANE FAVER

By VIVIANE FAVER

Jornalista radicada em NYC. Estagiou e trabalhou no Jornal do Commercio por 10 anos na editoria de economia. Mudou-se para NY em 2014, onde começou a colaborar para o jornal The Brasilians, o Extra, O Dia, CNN Style (Londres), New York Beacon, entre outros. Também trabalha com documentários, o mais recente foi o 'Queen of Lapa', que ganhou o prêmio no festival LGBT, NewFest, em NYC, em 2019.

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