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Na semana passada, as presidentes de Harvard, do MIT e da Universidade da Pensilvânia, universidades que fazem parte do prestigiado grupo Ivy League, testemunharam perante a Câmara dos Deputados, sobre o antissemitismo nos campos universitários. Todos as três estão sob ataque por suas vagas e indecisas respostas. A presidente da Universidade da Pensilvânia renunciou.

Numa intensa troca de argumentos durante mais de três horas de depoimento, a congressista republicana de Nova York e ex-aluna de Harvard, Elise Stefanik, questionou Claudine Gay, presidente de Harvard, sobre se os apelos ao genocídio dos judeus violariam o código de conduta da universidade.

Gay, juntamente com as presidentes da Universidade da Pensilvânia e do MIT, não responderam explicitamente se apelar ao genocídio dos judeus violaria necessariamente o seu código de conduta sobre intimidação ou assédio. Em vez disso, explicaram que isso dependeria das circunstâncias e da conduta.

Em meio ao aumento do ativismo juvenil em torno do conflito entre o Hamas e Israel, os líderes universitários têm lutado para equilibrar a liberdade de expressão de alguns ativistas pró-palestinos com os receios de estudantes judeus que dizem que a retórica ultrapassa os limites do antissemitismo.

Eles têm sido criticados pelas comunidades judaicas das suas escolas pela forma como lidam com os confrontos entre manifestantes pró-Israel e pró-Palestina desde que o grupo islâmico Hamas atacou Israel em 7 de outubro.

Aa criticas pelos depoimentos vagos vieram de todas as partes: legisladores, Casa Branca, imprensa, comunidade acadêmica e, sobretudo, doadores, que ameaçaram retirar fundos caso os presidentes não renunciassem.

Na Universidade da Pensilvânia, a pressão levou a presidente, Liz Magill, a renunciar no último sábado, apenas um ano e meio depois de ter assumido o cargo.

As preocupações sobre a liderança de Magill vem aumentando durante meses – mesmo antes do início da guerra entre Israel e o Hamas. Em setembro, Magill foi criticada por um evento no campus que convidou palestrantes com histórico de comentários e comportamento antissemita. O evento, que teve como foco a celebração da cultura palestina, também estava programado para terminar pouco antes do início do Yom Kippur, um importante feriado judaico.

Mas a renúncia gerou reações a favor e contra. Ela recebeu apoio de professores e outros membros da academia, mas sua decisão foi recebida com aplausos por alguns legisladores que pediam o afastamento das três presidentes.

Agora, as presidentes de Harvard e MIT estão sofrendo uma pressão ainda maior para renunciarem também.

 

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