Até 1804, menos de um bilhão de pessoas percorriam nosso planeta. Mais de um século depois, em 1927, ultrapassamos os dois bilhões. Desde então, o crescimento populacional mundial disparou, impulsionado sobretudo pelos triunfos da medicina moderna e da saúde pública.

O marco mais recente foi ultrapassado na terça-feira, 15 de novembro, quando as Nações Unidas (ONU) anunciaram que a população mundial atingiu 8 bilhões, apenas 11 anos depois de ter ultrapassado os 7 bilhões. (Isso é um número estimado, já que não há contagem oficial).

A taxa de crescimento, que deverá diminuir nas próximas décadas, tem sido desigual em todo o mundo. Vemos uma desaceleração das taxas de crescimento em nações populosas como a China e os Estados Unidos e o aumento das taxas de natalidade nos países mais pobres, o que ameaça sobrecarregar os sistemas que já estão em dificuldades.

Cerca de 70% do crescimento dos sete bilhões para oito bilhões ocorreu em países de renda baixa e média-baixa, a maioria dos quais na África subsaariana, segundo a ONU.

A taxa de fertilidade caiu globalmente; em nações de alta renda, espera-se que o número de pessoas com menos de 65 anos diminua nos próximos anos. Mas a taxa de fertilidade permaneceu alta nos países mais pobres, onde mulheres e meninas não têm acesso a cuidados de saúde sexual e reprodutiva, incluindo contracepção.

Atender às necessidades – de educação, saúde pública, emprego, água e saneamento – criadas por esse crescimento exigirá “um aumento significativo nos gastos públicos”, prevê a organização.

O Impacto Ambiental

A população crescente elevou o consumo de combustível a um ritmo que os especialistas dizem ser insustentável. Contribuiu para os desafios ambientais, incluindo a mudança climática, o desmatamento e a perda de biodiversidade.

“O crescimento populacional mais lento ao longo das próximas décadas pode ajudar a mitigar o acúmulo de danos ambientais na segunda metade do século atual”, acredita a organização.

Crescimento Menor

Enquanto levou 11 anos para a população crescer de sete bilhões para oito bilhões, a ONU estima que 15 anos se passem antes de chegarmos a nove bilhões, em 2037, e outros 22 antes de 10 bilhões, em 2058.

 

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