Um quarto dos moradores da cidade de Nova York não tem dinheiro suficiente para itens básicos como moradia e comida, e muitos dizem que não podem pagar para ir ao médico, de acordo com um relatório que ressalta a urgência de resolver uma crise de acessibilidade que se instalou na cidade.
O relatório de um grupo de pesquisa da Universidade de Columbia e de um grupo antipobreza chamado Robin Hood descobriu que a parcela de nova-iorquinos na pobreza foi quase o dobro da média nacional em 2023 e aumentou em sete pontos percentuais em apenas dois anos.
A governadora Kathy Hochul e o prefeito Eric Adams, aparentemente reconhecendo que o descontentamento com o alto custo de vida poderá colocar em risco seus futuros políticos, concentram suas agendas de reeleição em transmitir aos eleitores que estão tentando tornar Nova York mais acessível.
Avi Small, um porta-voz de Hochul disse que “a governadora está lidando com o alto custo de vida com cortes de impostos, créditos e reembolsos, ao mesmo tempo em que expande os serviços sociais para aqueles que mais precisam”, disse ele.
O relatório faz parte de um estudo de aproximadamente 13 anos que pesquisou uma amostra representativa de mais de 3.000 domicílios na cidade de Nova York.
Sob a métrica adotada, o limite de pobreza para um casal com dois filhos em uma casa alugada na cidade de Nova York é agora de US$ 47,190. O estudo descobriu que 58% dos nova-iorquinos, ou mais de 4,8 milhões de pessoas, estavam em famílias com renda abaixo de 200% da linha de pobreza — cerca de US$ 94,000 para um casal com dois filhos ou US$ 44,000 para um adulto solteiro. As taxas de pobreza entre residentes negros, latinos e asiáticos são cerca de duas vezes maiores do que a taxa para residentes brancos, de acordo com o relatório.
O relatório destacou a escassez de moradia e seu custo crescente como principais impulsionadores do crescente número de pessoas vivendo na pobreza. A maioria das pessoas pesquisadas estava trabalhando ou procurando emprego. E ainda assim muitas relataram atrasos no aluguel ou dificuldades para pagar por comida.
Fonte: the New York Times