BACC TRAVEL

Em 2020, Xiulin Ruan, professor de engenharia mecânica na Purdue University, e sua equipe apresentaram uma novidade: um tipo de tinta branca que pode atuar como um refletor, com capacidade para refletir 98% dos raios solares da superfície da Terra, que seguem de volta para a atmosfera e para o espaço.

As propriedades da tinta são quase heroicas. Ele pode tornar as superfícies até oito graus Fahrenheit mais frias do que as temperaturas do ar ambiente ao meio-dia e até 19 graus mais frias à noite, reduzindo as temperaturas dentro dos edifícios e diminuindo a necessidade de ar-condicionado em até 40%. Ao contrário do ar-condicionado, a tinta não precisa de energia para funcionar e não aquece com o ar externo.

Em 2021, o Guinness considerou a invenção a tinta mais branca de todos os tempos e, desde então, o produto colecionou vários prêmios. Embora a tinta tenha sido originalmente concebida para telhados, fabricantes de roupas, sapatos, carros, caminhões e até naves espaciais vêm se interessando pela novidade. No ano passado, Dr. Ruan e sua equipe anunciaram que criariam uma versão mais leve que poderia refletir o calor dos veículos.

Contudo, a tinta não estará pronta para uso comercial em pelo menos um ano, e trabalhos estão em andamento para aumentar sua durabilidade e resistência à sujeira.

À medida que a crise climática piora, cientistas trabalham para desenvolver materiais refletivos, incluindo diferentes tipos de revestimentos e filmes, que possam resfriar passivamente a Terra.

E o reflexo que jogará os raios solares de volta ao espaço nada afetará o espaço. O sol já emite mais de um bilhão de vezes mais calor do que a Terra, e esse método em que os cientistas estão apostando apenas reflete o calor já gerado pelo sol.

Pintar tudo com essa tinta branca é a solução para o aquecimento global? Claro que não! “Esta definitivamente não é uma solução de longo prazo. Isso é algo que podemos fazer a curto prazo para mitigar problemas piores enquanto tentamos colocar tudo sob controle”, disse o pesquisador.

Fonte: The New York Times

 

Deixe um comentário

The Brasilians