A Organização Mundial da Saúde declarou na quinta-feira (13) que o aspartame, um adoçante artificial amplamente utilizado em bebidas dietéticas e alimentos com baixo teor de açúcar, pode causar câncer.

No entanto, um comitê da organização, afirma existir um nível seguro de consumo de aspartame. De acordo com os cálculos do grupo, uma pessoa pesando 150 quilos pode evitar um risco maior de câncer e ainda beber cerca de uma dúzia de latas de refrigerante diet por dia. Contudo, a Organização disse não poder estabelecer um limite de consumo diário considerado seguro com base no estudo feito.

A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, ou I.A.R.C., disse que baseou sua conclusão de que o aspartame é um possível carcinógeno baseados em evidências limitadas de três estudos observacionais em humanos que mostrou apenas uma ligação entre o consumo de bebidas adoçadas artificialmente a um aumento nos casos de câncer de fígado.

A preocupação com o aumento das taxas globais de obesidade e diabetes, bem como as mudanças nas preferências do consumidor, resultaram em uma explosão de alimentos e bebidas sem ou com baixo teor de açúcar. O aspartame, um dos seis adoçantes aprovados pelos reguladores dos Estados Unidos, é encontrado em milhares de produtos, desde chicletes sem açúcar, refrigerantes dietéticos, chás, bebidas energéticas e até iogurtes. Também é usado para adoçar vários produtos farmacêuticos.

Mas o aspartame tem sido um ingrediente controverso por décadas.

O Food and Drug Administration (FDA) dos EUA, que aprovou o aspartame décadas atrás, divulgou uma crítica às descobertas da agência global e reiterou sua posição de longa data de que o adoçante é seguro. Em um comunicado, o FDA disse que “discorda da conclusão do I.A.R.C. de que esses estudos apoiam a classificação do aspartame como um possível carcinógeno para humanos”.

O FDA também disse que “o aspartame sendo rotulado pela OMS como ‘possivelmente cancerígeno para humanos’ não significa que o aspartame esteja realmente ligado ao câncer”.

Fonte: The New York Times 

 

 

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