Os últimos oito anos foram os oito anos mais quentes já registrados, e 2022 foi o quinto mais quente já registrado globalmente, de acordo com o Copernicus Climate Change Service da União Europeia.
O ranking mostra que o planeta continua sua tendência de aquecimento de longo prazo em resposta a quantidades crescentes na emissão de gases de efeito estufa.
Cada um dos últimos 8 anos teve temperaturas médias globais mais de 1°C acima do nível pré-industrial. Com isso, o mundo se aproxima do limite de 1,5°C estabelecido pelo Acordo Climático de Paris. O limite proposto pelo acordo tem base em estudos recentes que mostram que as chances de impactos climáticos potencialmente catastróficos aumentam significativamente se o aquecimento exceder 1,5°C em comparação aos níveis pré-industriais.
A condição climática conhecida como La Niña, que se fez presente no Oceano Pacífico pelo terceiro ano consecutivo, ajudou a reduzir ligeiramente as temperaturas médias globais da superfície, evitando que 2022 estivesse entre os três anos mais quentes da história.
Há sinais, no entanto, de que os efeitos do La Niña podem diminuir em breve e potencialmente dar lugar a um outro evento climático chamado El Niño, em 2023. Os efeitos do El Niño são opostos ao do La Niña, o que significa que há chances de um ano com novas temperaturas recordes.
As temperaturas médias globais em 2022 foram 0,3°C (0,54°F) acima da linha de base de 1991-2020, e o ano foi o segundo mais quente já registrado na Europa, atrás apenas de 2020.
A Europa teve seu verão mais quente já registrado, acentuado pelo recorde histórico de temperaturas altas em vários países, incluindo o Reino Unido.
As áreas que tiveram o ano mais quente já registrado incluem grandes partes da Europa Ocidental, Oriente Médio, Ásia Central e China, noroeste da África e Chifre da África, entre outras, apontou o estudo.
O calor extremo também atingiu o Paquistão e o norte da Índia durante a primavera, antes que chuvas devastadoras atingissem a região no final do verão. O centro e o leste da China registraram condições recordes de calor e seca por um longo período durante o verão.