“Spare”, o aguardado livro de memórias do príncipe Harry foi lançado oficialmente na segunda-feira (9) e pode se tornar um dos livros mais vendidos do ano. Isso porque o príncipe não poupa detalhes sobre sua conturbada relação com a Família Real, o que vai agradar, e muito, quem adora acompanhar os dramas vividos pela corte britânica.
Harry diz que decidiu escrever “Spare” quando viajou para a Grã-Bretanha para o funeral do seu avô em abril de 2021. Lá, ele teve a percepção “impressionante” de que nem seu pai nem seu irmão realmente entendiam por que ele e sua esposa, Meghan, haviam se mudado para Califórnia. “Preciso contar a eles”, pensou. “E então: Pai? Willy? Mundo? Aqui está.”
A seguir, alguns detalhes que chamam atenção em sua biografia:
Ele fala abertamente sobre a morte da princesa Diana
Na manhã seguinte à morte de Diana, a mãe de Harry, em um acidente de carro em Paris, Charles, seu pai, o acordou para contar o que havia acontecido.
“Ele se sentou na beira da cama”, escreve Harry. “Ele colocou a mão no meu joelho. Querido menino, mamãe sofreu um acidente de carro”. Ele continuou: “Eles tentaram, querido menino. Receio que ela não tenha sobrevivido.
Harry escreve que “nada do que eu disse a ele permanece em minha memória. É possível que eu não tenha dito nada. O que me lembro com clareza surpreendente é que não chorei. Nem uma lágrima. Papai não me abraçou. Ele não era bom em mostrar emoções em circunstâncias normais, como esperar que ele as mostrasse em tal crise? Mas a mão dele caiu mais uma vez no meu joelho e ele disse: vai ficar tudo bem. Isso era muito para ele. Paternal, esperançoso, gentil. E muito falso.
Príncipes William e Harry imploraram a Charles que não se casasse com Camilla
“Quando perguntado, Willy e eu prometemos a Pa que receberíamos Camilla na família”, escreve Harry. “A única coisa que pedimos em troca foi que ele não se casasse com ela. Você não precisa se casar novamente, nós imploramos. … Nós apoiamos você, dissemos. Apoiamos Camilla, dissemos. Só, por favor, não se case com ela.
Vazamentos para a imprensa sobre sua família eram comuns
De acordo com o livro, Charles e às vezes Camilla aprovaram vazamentos para a imprensa de assuntos prejudiciais sobre Harry e William.
Em uma ocasião, escreve Harry, Charles cooperou com os tablóides em uma história sobre o envolvimento de Harry com as drogas: “Não mais o marido infiel, Pa agora seria apresentado ao mundo como o pai solteiro atormentado lidando com uma criança viciada em drogas.” Muito mais tarde, em 2019, escreve Harry, William estava “furioso” porque “Papai e o pessoal de Camilla haviam plantado uma história ou histórias sobre ele, Kate e as crianças, e ele não aceitaria mais.
Enquanto estava no Afeganistão, ele matou 25 combatentes talibãs
“A maioria dos soldados não consegue dizer com precisão quantas mortes há em seu livro-razão”, escreve Harry sobre suas viagens durante a guerra. “Meu número: 25.”
Ele acrescentou: “Enquanto estava no calor do combate, não pensava naqueles 25 como pessoas. Você não pode matar pessoas se pensar nelas como pessoas. Eram peças de xadrez removidas do tabuleiro, Ruins retirados antes que pudessem matar bons. Em algum nível, reconheci esse desapego como problemático. Mas também vi isso como uma parte inevitável da vida militar.”
Charles disse a Harry que não havia dinheiro para sustentá-lo e a Meghan
A troca entre pai e filho quando Harry anunciou sua intenção de se casar não saiu como o esperado.
Harry escreve: “Pa não apoiou financeiramente Willy e eu, e nossas famílias, por qualquer generosidade. Esse era o trabalho dele. Esse era o problema. Concordamos em servir a monarquia, ir aonde quer que fôssemos enviados, fazer o que nos mandassem, renunciar à nossa autonomia, manter nossas mãos e pés na gaiola dourada o tempo todo e, em troca, os guardiões da gaiola concordaram em nos alimentar e nos vestir. .”
William não queria que Harry fosse o padrinho do seu casamento
“Disseram ao público que eu seria o padrinho, mas isso era uma mentira descarada”, escreve Harry. “Willy não queria que eu fizesse um discurso de padrinho. Ele não achou seguro me entregar um microfone ao vivo e me colocar em posição de sair do roteiro. Ele não estava errado”.
Harry e Meghan se sentiram “pegos de surpresa” durante as negociações sobre seu futuro
O casal optou por deixar a Inglaterra, mas esperava manter alguns dos seus deveres reais e manter a segurança que acompanhava seus títulos. Em vez disso, após uma reunião apelidada de “Cúpula de Sandringham” em janeiro de 2020, eles aprenderam que, nas palavras de Harry, “a solução estava pronta” – eles não representariam mais a rainha e sua segurança continuaria por apenas um período de transição de 12 meses (Na verdade, eles perderiam essa garantia vários meses depois.)
“Amo minha pátria, amo minha família e sempre amarei”, escreve Harry. “Eu só queria, no segundo momento mais sombrio da minha vida, que os dois estivessem lá por mim.”