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A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na sexta-feira (5) que está encerrando a emergência global para o Covid-19, decretada há mais de três anos, quando começou a pandemia que matou milhões de pessoas em todo o mundo e mudou a vida cotidiana de forma antes inimaginável e, em algumas situações, de forma definitiva.

Em termos práticos, a decisão muda pouco: muitos países já encerraram seus estados de emergência para o Covid e eliminaram quase todas as restrições de saúde pública implementadas para controlar o vírus. Contudo, o vírus continuará a ter status de pandemia de acordo com a OMS, assim como o HIV.

Globalmente, houve 765.222.932 casos confirmados de Covid, incluindo 6.921.614 mortes, relatadas à OMS até de 3 de maio. Mas esses números subestimam o verdadeiro custo da pandemia. Pesquisadores independentes estimam que a contagem real de mortes por causa do vírus é muitas vezes maior do que a apresentada pela instituição.

A declaração de emergência da OMS foi uma orientação crucial quando foi feita em 30 de janeiro de 2020, quando apenas 213 pessoas haviam morrido declaradamente por causa do vírus. A norma da OMS sinalizou ao mundo que esse novo vírus representava uma ameaça fora da China, onde surgiu, e deu aos países um apoio crítico para impor medidas de saúde pública potencialmente impopulares, como o uso obrigatório de máscaras.

A decisão da OMS não foi bem recebida por todos os especialistas em saúde. A médica Margareth Dalcolmo, médica respiratória e membro da Academia Nacional de Medicina do Brasil, que foi uma das especialistas que se destacou no país orientando o público durante a pandemia, disse, em entrevista ao The New York Times, que era muito cedo para suspender a emergência, visto que ainda há ações urgentes a serem feitas, como pesquisa sobre variantes da Covid e desenvolvimento de vacinas melhores. Ter a designação de emergência global de saúde pública cria alavancagem para que nações de baixa renda tenham acesso a tratamentos e apoio, disse ela.

Fonte: The New York Times 

 

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