Quatro homens foram presos e colocados em prisão preventiva devido ao ataque de sexta-feira (22) na sala de concertos Crocus City, perto de Moscou, na Rússia, que deixou pelo menos 137 pessoas mortas.
Todos foram identificados pela mídia russa como cidadãos do Tajiquistão. Todos apresentavam ferimentos visíveis quando compareceram a um tribunal de Moscou no domingo (24). O Kremlin recusou-se a comentar nesta segunda-feira (25) quando questionado se os homens tinham sido torturados.
O ataque de sexta-feira foi o ato terrorista mais mortal na capital da Rússia em décadas e ocorre menos de uma semana depois de Putin ter garantido a vitória nas eleição, aumentando o seu controlo sobre o país que governa desde a virada do século.
O grupo terrorista ISIS assumiu a responsabilidade pelo ato. Uma autoridade dos Estados Unidos disse na sexta-feira que Washington não tinha motivos para duvidar da afirmação do ISIS.
O episódio levou o secretário-geral da ONU, António Guterres, no sábado, a apelar à cooperação global contra o ISIS.
“O ISIS é uma organização terrorista que opera em várias partes do mundo e é uma ameaça muito séria para todos nós… e encorajamos todos os países a trabalharem uns com os outros para garantir que o ISIS não tenha capacidade de atacar novamente em qualquer outro lugar do mundo”, disse Guterres em entrevista coletiva.
Contudo, Putin relacionou o que chamou de “ataque terrorista bárbaro” à Ucrânia em uma declaração em vídeo divulgada no sábado, ao expressar profundas condolências e declarar o domingo como dia nacional de luto.
Os perpetradores, disse ele, “tentaram esconder-se e avançar para a Ucrânia, onde, de acordo com dados preliminares, foi preparada uma janela para eles do lado ucraniano atravessarem a fronteira”.
A Ucrânia negou qualquer ligação com o ataque e alertou que a Rússia poderia usá-lo como desculpa para intensificar a sua invasão.
Fonte: Reuters e CNN