Outrora visto como um provável sucessor do Líder Supremo do Irã, o Presidente Ebrahim Raisi morreu no cargo, deixando a República Islâmica perante um futuro incerto.
Um presidente ultraconservador, Raisi, de 63 anos, foi morto no domingo, juntamente com o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian e outros altos funcionários, em um acidente de helicóptero no remoto noroeste do Irã. A sua morte ocorre num momento delicado para um país que enfrenta desafios sem precedentes a nível interno e externo.
A economia da República Islâmica continua prejudicada pelas sanções americanas, a sua população jovem está se tornando cada vez mais inquieta e o país enfrenta adversários cada vez mais beligerantes no Oriente Médio e fora dele.
Quem assume a presidência?
O poder foi agora transferido para Mohammad Mokhber, que serviu como vice-presidente de Raisi e foi aprovado na segunda-feira (20) como presidente interino pelo Líder Supremo, Aiatolá Ali Khamenei, o árbitro final dos assuntos internos e externos na República Islâmica.
Quais são as implicações a longo prazo da morte de Raisi?
A morte de Raisi levantou questões sobre quem irá suceder o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, de 85 anos, o homem mais poderoso do país.
O establishment clerical iraniano investiu pesadamente em Raisi durante a sua presidência, vendo-o como um potencial sucessor de Khamenei. Observadores dizem que ele foi preparado para ser elevado à posição de Líder Supremo.
De acordo com a constituição, a Assembleia de Peritos, composta por 88 membros, escolhe o sucessor do Líder Supremo após a sua morte. Os membros da própria Assembleia são, no entanto, previamente avaliados pelo Conselho Guardião do Irã, um poderoso órgão de 12 membros encarregado de supervisionar as eleições e a legislação.
As próximas eleições presidenciais poderão trazer mudanças ao Irã?
Alguns especialistas dizem que as eleições representam uma oportunidade para o regime trazer de volta os mais moderados ao poder, embora Khamenei provavelmente fará de tudo para manter um governo conservador.
Fonte: CNN