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Parece um novo filme na Netflix, mas não é. Embora ainda não tenha um desfecho, o caso que levou a au pair brasileira, Juliana Peres Magalhães, de 23 anos, à prisão por assassinato, no estado da Virginia, está envolto de mistério e perguntas sem respostas.

Em 24 de fevereiro, Christine Banfield, a patroa de Juliana, morreu após ser brutalmente esfaqueada em seu quarto em Hattontown, na Virginia. Juliana foi quem ligou para a polícia pouco antes das 7h50 e desligou imediatamente antes de ligar novamente três minutos depois para relatar que a sua “amiga estava ferida”, informou a polícia na época.

O marido de Banfield, Brendan Banfield, então pegou o telefone e disse aos despachantes que havia atirado em um homem desconhecido que tinha esfaqueado a sua esposa depois de ter invadido a casa deles.

A polícia observou que não havia sinais de entrada forçada quando chegaram ao local.

Os policiais encontraram Banfield ainda viva, mas com várias facadas na parte superior do corpo.

Perto dali, Joseph Ryan – o homem que supostamente teria invadido a casa – estava morto com um tiro na parte superior do corpo.

Banfield foi levada às pressas para um hospital próximo, onde foi declarada morta.

Uma menina de 4 anos estava dentro de casa durante o ocorrido, mas foi encontrada em condições seguras pelos policiais.

Após mais de sete meses de investigação, a polícia concluiu que o marido de Banfield não foi o responsável por puxar o gatilho que matou Christine.

“Por meio de evidências forenses e várias entrevistas, os detetives determinaram que a au pair, Juliana Peres Magalhães, de 23 anos, de Reston, atirou em Joseph Ryan”, disseram os investigadores em um comunicado.

“Os detetives continuam conduzindo entrevistas e revisando evidências digitais para determinar as circunstâncias que levaram ao esfaqueamento fatal de Christine Banfield.”

A polícia também concluiu que Ryan não era um estranho para a família Banfield.

Juliana está na prisão do condado de Fairfax sem direito a fiança. Ela enfrenta duas acusações criminais: homicídio em segundo grau e uso de arma de fogo para cometer um crime. Se condenada, ela pode pegar até 43 anos de prisão.

Brendan Banfield não foi acusado de crime nenhum.

O que diz a família da brasileira?

A mãe de Juliana diz que está preocupada com a filha e acredita que “há mais nessa história”. Em entrevista ao canal News 4, Peres Souza disse que a filha se dava muito bem com a família Banfield e que se havia algum tipo de disputa entre ela e Christine ela não sabia.

“Ela deve contar a verdade. Ela deve contar o que aconteceu naquele dia e não apenas dizer que ela foi a única, mas dizer que [o marido] estava com ela também”, disse Peres Souza.

Segundo a mãe, a filha estava chegando à casa quando viu o homem entrando. Ela decidiu ligar para o patrão e informá-lo sobre a entrada do homem estranho. Ela e o patrão entraram juntos na casa e encontraram Christine ferida. Nesse momento houve uma disputa e Juliana acabou atirando em Ryan para se defender e defender a família.

A mãe não teve mais contato com a filha depois que ela foi presa.

Fonte: News 4, The New York Post e Folha de São Paulo

 

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