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Nos últimos anos, tem aumentado a procura de médicos e estudantes de medicina brasileiros pela residência médica nos Estados Unidos. Isso ocorre devido à conjuntura política e econômica do Brasil associada a uma maior facilidade em encontrar informações viabilizada pelas redes sociais. 25% dos médicos que trabalham nos Estados Unidos são estrangeiros. Países como a Índia, Paquistão, Síria e países da América Latina já possuem costume e tradição em ter médicos imigrando para os EUA. Na Índia, várias faculdades são em inglês pois já é sabido que os estudantes querem imigrar para os EUA.

Apesar deste elevado número de médicos estrangeiros trabalhando nos EUA, quase sua totalidade precisou fazer todas as provas para revalidação dos seus diplomas. O órgão responsável se chama United States Medical Licensing Examination (USMLE). O processo é composto por três provas, os chamados steps. Além dos steps, o aplicante precisa fazer uma prova de inglês médico. Atualmente, esta prova é o Occupational English Test (OET). Ao fazer estas provas, o profissional médico está apto a aplicar para a residência médica ou fazer um clinical fellow, que é um treinamento de um ano em alguma subespecialidade. Mais e mais médicos tem buscado fazer a residência aqui. Muitos já com carreira bem estabelecida no Brasil e ganhando bons salários.

Mas o que leva estes profissionais a vir recomeçar suas vidas profissionais nos Estados Unidos? Os motivos são vários: segurança, melhores salários, melhores condições de trabalho, melhores oportunidades para família. E os profissionais com mais estrada podem dar entrada também no green card através do EB1 ou EB2. Ter o green card ajuda bastante o médico ou estudante aplicante para a residência médica nos EUA. Entretanto, a maioria dos médicos estrangeiros residentes possuem o visto J1 ou o H1-B, que são vistos temporários de trabalho. Nos últimos anos, tem aumentado o número de profissionais brasileiros que tem obtido o visto EB2 National Interest Waiver (NIW) aprovado pela imigração americana. São profissionais com um currículo voltado para a pesquisa científica, com publicações em revistas internacionais de alto impacto e que são citados por outros autores em seus trabalhos.

Existem inúmeras oportunidades para os médicos nos Estados Unidos. E existem diferentes formas pelas quais eles podem trabalhar e conquistar o green card, seja fazendo residência, seja trabalhando com pesquisa ou fazendo um clinical fellow. O Brasil largou atrás em comparação a outros países que já possuem a tradição de enviar médicos para os EUA. Entretanto, há uma busca cada vez maior pelos médicos brasileiros que tem uma boa formação médica reconhecida. As oportunidades são inúmeras e mais médicos brasileiros vão certamente brilhar na América.

DR. DIEGO LAURENTINO LIMA
Médico-Cirurgião Geral
dilaurentino@gmail.com

DR. LAURENTINO

By DR. LAURENTINO

Formado em Medicina e com mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade de Pernambuco, Dr. Diego é Residente em Cirurgia Geral e pesquisador em reconstrução de parede abdominal e Research Associate do Departamento de Cirurgia do Montefiore Medical Center, em Nova York. Ele também é professor auxiliar do programa de pós-graduação em Ciências Cirúrgicas na UFRGS, Brasil.

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