Um número crescente de americanos ricos está fazendo planos para deixar o país após as eleições de terça-feira (5), com muitos temendo agitação política e social, independentemente de quem vencer, de acordo com diversos advogados de imigração.
Advogados e consultores de famílias de alto patrimônio disseram que estão vendo uma demanda recorde de clientes que buscam segundos passaportes ou residências de longo prazo no exterior. Embora seja comum falar em se mudar para o exterior após uma eleição, consultores financeiros disseram que desta vez muitos desses cientes já estão tomando medidas.
Uma pesquisa da Arton Capital, que aconselha os ricos sobre programas de imigração, descobriu que 53% dos milionários americanos dizem que estão mais propensos a deixar os EUA após a eleição, não importa quem vença. Milionários mais jovens foram os mais propensos a sair, com 64% dos milionários entre 18 e 29 anos dizendo que estavam “muito interessados” em buscar os chamados vistos dourados por meio de um programa de residência por investimento no exterior.
É verdade que o interesse em segundos passaportes ou residências tem aumentado constantemente entre os ricos americanos desde a pandemia do Covid-19. Seja a busca por aposentadorias em um país mais quente ou barato ou o interesse de ficar mais perto da família no exterior, os ricos têm muitas razões não políticas para querer se aventurar no exterior.
Os ultra-ricos também veem cada vez mais a cidadania em um outro país como uma forma de amenizar o risco pessoal e financeiro. Assim como diversificam seus investimentos, eles agora estão criando “portfólios de passaportes” para proteger seu risco-país.
No entanto, as eleições e o clima político nada ameno aumentaram o desejo dos americanos ricos de investir em um Plano B no exterior.
Advogados dizem que os ricos citam tiroteios em massa em escolas, o potencial para violência política, antissemitismo, islamofobia e as dívidas crescentes do governo como razões para sair.
Quando se trata de destinos, os americanos estão olhando principalmente para a Europa. Os principais países para americanos que buscam residência ou segunda cidadania incluem Portugal, Malta, Grécia, Espanha e Antígua. A Itália também se tornou popular.
O Caribe está cada vez mais popular entre os americanos. Comprar um imóvel em Antígua e Barbuda por mais de US$ 300.000 coloca o estrangeiro no caminho da cidadania, o que permite liberdade para viajar para Hong Kong, Rússia, Cingapura, Reino Unido e Europa, entre outros países.
Fonte: CNBC