O número de mortos em uma série de enchentes catastróficas no estado do Rio Grande do Sul, no sul do Brasil, aumentou para pelo menos 83, informou a unidade de defesa civil do estado na segunda-feira (6).

Outras 276 pessoas ficaram feridas e pelo menos 111 pessoas estão desaparecidas, enquanto pelo menos 121 mil pessoas foram deslocadas, segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul.

A catástrofe afetou mais de 850 mil pessoas em 345 municípios, destruindo casas, estradas e pontes.

Risco iminente

O governo do Rio Grande do Sul informou neste domingo (5) que subiu para seis o total de barragens com risco iminente de rompimento devido às fortes chuvas no estado. No sábado, apenas duas precisavam de “medidas para preservar vidas”.

Ao todo, 18 barragens no estado apresentam algum nível de fragilidade. Além das seis barragens em condições mais críticas, outras cinco estão em “nível de alerta”, quando “anomalias exigem medidas para preservar a segurança”.

Há também sete barragens em “nível de atenção”, quando “anomalias não comprometem a segurança no curto prazo, mas exigem monitoramento, controle ou reparo ao longo do tempo”.

Como as inundações começaram?

O Rio Grande do Sul tem sido cada vez mais atingido por eventos climáticos extremos nos últimos anos, e pelo menos 54 pessoas morreram no estado em setembro, após a passagem de um ciclone subtropical.

A crise climática, causada principalmente pela queima de combustíveis fósseis pelos seres humanos, está aumentando as condições meteorológicas extremas em todo o mundo, tornando muitos eventos mais intensos e mais frequentes.

No Rio Grande do Sul, no dia 27 de abril chuvas contínuas e torrenciais começaram. Um dos principais motivos de tanta chuva em tão pouco tempo é a onda de calor que atinge o Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. Esse sistema está bloqueando o avanço das frentes frias que se formam no sul e no leste da Argentina, mantendo o Rio Grande do Sul e Santa Catarina suscetíveis a áreas de instabilidade responsáveis por tantas chuvas.

Fonte: Agência Brasil e CNN

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