Se você está pensando em devolver algum presente que acabou de ganhar no Natal, prepare-se para perder dinheiro.
Os americanos habituaram-se a devoluções gratuitas, mas um número crescente de varejistas está cobrando taxas para receber produtos de volta. Macy’s, Abercrombie, J. Crew, H&M entre outras empresas adicionaram taxas de envio para devoluções por correio.
E não são apenas as grandes marcas. Cerca de 80% dos comerciantes cobram agora alguma taxa dependendo do método de devolução, de acordo com a Happy Returns, uma empresa de logística especializada em devoluções.
A Amazon começou a cobrar dos clientes uma taxa de US$ 1 se eles devolverem itens pela UPS quando houver um Whole Foods, Amazon Fresh ou Kohl’s próximo do seu endereço de entrega. (A Amazon é proprietária da Whole Foods and Fresh e tem um acordo de parceria com a Kohl’s.) A Amazon também começou recentemente a sinalizar produtos “devolvidos com frequência” em seu site.
As taxas de devolução dispararam nos últimos anos, à medida que os compradores compram mais online. A final, os compradores são mais propensos a devolver compras que não viram ou experimentaram pessoalmente, dizem os especialistas.
Os clientes devolveram quase 17% do total de mercadorias que compraram em 2022, totalizando US$ 816 bilhões, de acordo com dados da Federação Nacional de Varejo. Isso aumentou em relação aos 8% em 2019.
Normalmente são as empresas que arcam com as despesas de envio para que os clientes possam devolver seus produtos. Esses itens às vezes acabam nos armazéns dos varejistas. Aí as lojas têm que reduzir os preços dos produtos devolvidos para vendê-los, reduzindo ainda mais o seu lucro.
Produtos devolvidos podem até mesmo acabar em aterros sanitários, o que representa uma ameaça ambiental.
Em alguns casos, as lojas estão permitindo que os clientes fiquem com os produtos ao invés de devolvê-los, como itens volumosos, de baixo preço, ou itens caros para os varejistas cobrirem o frete.
Fonte: CNN