Os membros da família real posam muito para retratos. E mesmo quando não o fazem, os artistas adoram pintá-los de qualquer maneira. Alguns desses retratos atraíram elogios quase unânimes e resistiram ao tempo, entrando para a história. Outros atraíram reações mistas e críticas negativas.
Esse é o caso do primeiro retrato oficial do rei Charles III. Na pintura, revelada na terça-feira (14), Charles está envolto em uma nuvem vermelha, como se estivesse “queimando do inferno”, comentaram alguns nas redes sociais.
O autor da obra, o renomado artista Jonathan Yeo, disse que teve a oportunidade de conhecer o objeto da sua obra ao longo de quatro sessões, começando em 2021, quando Charles ainda era Príncipe de Gales, e continuando após a coroação em maio passado.
“Quando comecei este projeto, Sua Majestade o Rei ainda era Sua Alteza Real o Príncipe de Gales, e muito parecido com a borboleta que pintei pairando sobre seu ombro, este retrato evoluiu conforme o papel do sujeito em nossa vida pública se transformou”, disse Yeo.
“Faço o meu melhor para capturar as experiências de vida e a humanidade gravadas no rosto de qualquer modelo e espero que tenha sido isso que consegui neste retrato”, acrescentou.
“Tentar capturar isso para Sua Majestade o Rei, que ocupa um papel tão único, foi um tremendo desafio profissional, do qual gostei muito e pelo qual sou imensamente grato”, concluiu.
Os comentários nas redes sociais não foram os melhores:
“Tão bizarro quanto o retrato de Dorian Grey e do amaldiçoado de Ghostbusters”, disse um internauta em relação ao quadro assombrado do filme Os Caça-Fantasmas 2 (1989).
“Nunca uma ‘auto apresentação’ da nobreza foi tão fiel ao espírito de porco do nobre inglês quanto esse retrato que Rei Charles nos mostrou”.
É como observar um sujeito envolto a uma aura de sangue e morte. O fato dele ter ficado satisfeito com a imagem também nos diz muito dele”, concluiu outro usuário.
Fonte: The New York Times