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O ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Ricardo Lewandowski, afirmou em entrevista coletiva no domingo (24 de março) que as investigações da Polícia Federal esclareceram os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. O assassinato ocorreu há pouco mais de seis anos, em março de 2018, no centro do Rio de Janeiro.

No início do dia, a Operação Murder Inc, deflagrada pela polícia, resultou na prisão de Domingos Brazão, atual assessor do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, do deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), e de Rivaldo Barbosa, ex- chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

“Este momento é altamente significativo, marcando uma vitória do Estado brasileiro e de suas forças de segurança no combate ao crime organizado. Devemos ressaltar o papel crucial desempenhado pela Polícia Federal nesta conquista”, disse o ministro.

A Polícia Federal se envolveu no caso Marielle em fevereiro do ano passado, após decisão do então ministro da Justiça, Flávio Dino. Segundo Lewandowski, salvo novos acontecimentos, o assassinato de Franco e Gomes, baleados no carro quando voltavam de um evento de trabalho, foi finalmente desvendado e encerrado.

Temos agora uma imagem clara dos perpetradores deste crime hediondo e abominável, que foi evidentemente motivado por motivos políticos. Através de suas investigações, a polícia identificou os autores intelectuais e outros participantes envolvidos neste caso. É claro que podem surgir novos elementos, que levarão a um relatório complementar da Polícia Federal, mas, neste momento, o trabalho está concluído”, disse.

Os três suspeitos presos preventivamente foram transportados em avião da Polícia Federal até a Penitenciária Federal em Brasília, onde permanecerão à disposição da Justiça. O Ministério Público Federal será responsável por apresentar queixa contra eles.

As prisões ocorreram menos de uma semana depois de o Supremo Tribunal Federal aprovar o acordo de delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, autor dos assassinatos. Devido ao envolvimento de um político com foro privilegiado – o deputado federal Chiquinho Brazão – o caso está agora sob a jurisdição do ministro Alexandre de Moraes. Foi Moraes quem emitiu os mandados de prisão e demais medidas cautelares contra os envolvidos.

Além dos três indivíduos presos, a polícia executou mandados de busca e apreensão de documentos, passaportes e aparelhos eletrônicos de outras quatro pessoas próximas a eles. Bens e valores também foram apreendidos e as contas bancárias dos envolvidos foram bloqueadas. Além disso, foram impostas restrições, incluindo a proibição de contato com outros suspeitos e a utilização de tornozeleiras eletrônicas.

“Na verdade, a nossa conclusão é a seguinte: esses indivíduos são os mandantes do crime. Neste momento, a Polícia Federal está encerrando esta fase da investigação, identificando não só os mandantes, mas também os executores e intermediários que, de alguma forma, estão envolvidos no crime. Isso não invalida quaisquer outras ações que possam ser tomadas, inclusive a apreensão e análise de materiais que serão realizadas e encaminhadas ao Poder Judiciário”, afirmou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, durante entrevista coletiva.

Fonte: Agência Brasil 

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