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A Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) aprovou na quinta-feira (6) o uso do medicamento Leqembi, o primeiro tratamento que comprovadamente retarda o avanço do Alzheimer.

A droga foi aprovada apenas para pessoas no estágio inicial da doença, aquelas com comprometimento cognitivo leve ou demência leve. É estimado que esse grupo constitua cerca de um sexto dos mais de 6 milhões de americanos atualmente diagnosticados com Alzheimer.

Pessoas no estágio mais avançado da doença podem não se beneficiar do medicamento, e podem enfrentar efeitos colaterais maiores.

É importante enfatizar que a droga não traz a cura para a doença. Durante o ensaio clínico de 18 meses, as pessoas que fizeram uso do Leqembi tiveram o declínio na capacidade e função cognitiva reduzido em 27%.

A Associação de Alzheimer disse em um comunicado na quinta-feira que celebra a aprovação do FDA.

“Este tratamento, embora não seja uma cura, pode dar às pessoas nos estágios iniciais da doença de Alzheimer mais tempo para manter sua independência e fazer as coisas que amam”, disse a Dra. Joanne Pike, presidente e CEO do grupo. “Isso dá às pessoas mais meses de reconhecimento de seus cônjuges, filhos e netos. Isso também significa mais tempo para uma pessoa dirigir com segurança, precisão e rapidez, cuidar das finanças da família e participar plenamente de hobbies e interesses”.

No entanto, a droga também vem com efeitos colaterais e requer monitoramento por meio de imagens cerebrais regulares. Cerca de 13% dos participantes do estudo tiveram inchaço ou sangramento cerebral, e esses riscos podem ser maiores para certos grupos com base em sua genética ou se tomam medicamentos para afinar o sangue. O FDA diz que um aviso está incluído nas informações de prescrição para alertar pacientes e cuidadores sobre os riscos potenciais associados ao uso desse medicamento.

A droga deve ser administrada com uma infusão intravenosa uma vez a cada duas semanas. Os centros de infusão estão se preparando para um possível aumento de novos pacientes.

Custo alto 

O Medicare vai cobrir 80% dos custos de cerca de US$ 26 mil do Leqembi. Alguns pacientes não poderão pagar os 20% que o Medicare não cobre, possivelmente cerca de US$ 6.600 por ano. Incluindo os custos de consultas médicas e exames cerebrais regulares, alguns dos quais serão reembolsadas pelo Medicare, o tratamento pode chegar a cerca de US$ 90 mil por ano, estimam alguns especialistas.

Um estudo recente estimou que cobrir o medicamento e os serviços necessários para cerca de 85 mil pacientes custaria ao Medicare US$ 2 bilhões por ano e subiria para US$ 5,1 bilhões se o número de pacientes aumentasse para cerca de 216 mil. Isso pode levar a um aumento nos prêmios de todos os beneficiários do Medicare, não apenas para aqueles que recebem Leqembi, disse o estudo.

Fonte: CNN e The New York Times

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