O carnaval está chegando ao fim, mas os cariocas ainda têm motivos para celebrar mais um pouquinho, a Marquês de Sapucaí, palco do maior espetáculo da terra, localizado na região central do Rio de Janeiro, completa 40 anos março de 2024.
O local de grandes desfiles de escolas de samba do carnaval do Rio, o projeto foi idealizado pelo arquiteto e urbanista Oscar Niemeyer e passou por diversas modificações até chegar às características finais.
Famosa em todo o mundo, a avenida de 700 metros é sinônimo de festa, alegria e emoção. Mas antes de ser inaugurada, outros quatro locais foram palco do carnaval carioca: Praça XI, Avenida Presidente Vargas, Avenida Rio Branco e Avenida Presidente Antônio Carlos, todas localizadas no Centro do Rio.
Em 1983, iniciaram-se as obras de construção da estrutura. Anunciada em setembro de 1983 e entregue no início de 1984, foi construída por 2.500 operários durante 156 dias úteis. No dia 2 de março de 1984, conforme prometido, o sambódromo ficou pronto.
Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Marquês de Sapucaí consolidou-se como um marco emblemático da cidade e do país.
A primeira escola de samba do grupo especial a se apresentar no novo local foi a ‘Unidos da Tijuca’.
Pela primeira vez o desfile foi dividido em duas noites e com duas campeães escolhidas pelos jurados. ‘Portela’ venceu a primeira noite e ‘Estação Primeira de Mangueira’ saiu vitoriosa na segunda.
Quem foi o Marquês de Sapucaí?
Cândido José de Araújo Viana, o Marquês de Sapucaí, nasceu em Nova Lima (MG) em 15 de setembro de 1793. Desembargador e político brasileiro, ocupou a presidência do Senado de 1851 a 1853 e foi mestre do príncipe D. Pedro II. de literatura e ciências positivas em 1839. Também foi responsável pela educação da princesa Isabel.
Então por que dar o nome de uma pessoa que nem nasceu no Rio de Janeiro e não tinha relação alguma com o samba para um lugar tão ‘carioca’? Segundo historiadores, foi Darcy Ribeiro, um dos idealizadores do projeto do sambódromo, quem quis homenagear um intelectual que teve relevância na vida educacional do príncipe e se tornou conhecido na cidade na época.
Fonte: TV Cultura