De acordo com as últimas estatísticas do Censo dos Estados Unidos (2020), 27,6% de todos os lares americanos estão ocupados por apenas uma pessoa. Isto representa um aumento significativo em relação aos 7,7% registrados em 1940. A partir desta década, a percentagem de americanos que vivem sozinhos só vem crescendo. O maior salto aconteceu entre 1970 e 1980, quando passou de 17,6% para 22,7%. Entre 2010 e 2020, a parcela de quem mora sozinho cresceu de 26,7% para 27,6%.
Isso significa que menos pessoas estão casando. Um relatório de 2022 da Current Population Survey mostra que 49,3% dos americanos com 15 anos ou mais não eram casados em 2022.
No geral, a percentagem de lares familiares com pessoas casadas tem diminuído constantemente:
• 1990: 55%
• 2015: 50%
• 2019: 53%
• 2022: 45%
E os que casam estão adiando o casamento.
De 2015 a 2019, a idade média para as mulheres se casarem pela primeira vez foi de 28 anos. Statista relata que os dados do Census Bureau mostram que no ano passado, a idade média para o primeiro casamento para os homens aumentou para 30,2 anos e 28,4 anos para as mulheres. Na década de 1950, a idade do primeiro casamento era de 22,5 anos para os homens e 20,1 anos para as mulheres.
Viver sozinho pode ser difícil num país construído para famílias. E pode gerar consequências para a saúde física e mental – especialmente entre os americanos mais velhos.
• A habitação está mais cara, especialmente nas cidades onde muitos jovens solteiros preferem viver;
• E as moradias nos subúrbios são geralmente grandes, construídas para uma família de quatro pessoas.
Viver sozinho pode ter consequências mais duras para os idosos.
Estudos mostram que idosos isolados enfrentam um risco maior de mortalidade – seja porque não há ninguém por perto para ajudar em caso de acidente ou queda, ou porque a solidão pode provocar depressão, ansiedade e até acelerar o declínio cognitivo.
Mas, ‘viver sozinho’ e ‘estar sozinho’ não são a mesma coisa.
Muitas pessoas podem ter uma vida socialmente satisfatórias e serem felizes sozinhas – e fazem isso por escolha.
Ainda assim, o aumento do número de pessoas que vivem sozinhas é uma mudança social que provavelmente continuará.
Esta tendência também apresenta muitas oportunidades para os empreendedores, incluindo o fornecimento de habitação a preços mais acessíveis, preparação de refeições, cuidados de saúde domiciliários, design acessível e muito mais.
Fonte: Current News e Axios