Após semanas de manifestações e repressões policiais em campus universitários em todo o país, mais de 2.300 prisões já foram efetuadas.
A maioria dos manifestantes reivindica que suas universidades cortem laços com empresas ligadas a Israel.
Israel classifica os protestos como anti-semitas, enquanto os críticos de Israel dizem que os Estados Unidos usam essas alegações para silenciar a oposição. Embora alguns manifestantes tenham sido flagrados por câmaras fazendo comentários anti-semitas ou ameaças violentas, os organizadores dos protestos consideram o movimento pacífico com o objetivo de para defender os direitos palestinos e protestar contra a guerra.
O presidente Joe Biden defendeu a liberdade de expressão e o direito dos estudantes de protestarem pacificamente, mas denunciou a violência e a perturbação da vida dos campus universitários.
Presidentes de escolas denunciam de que infiltrados nos acampamentos há pessoas que não são estudantes das suas instituições, e estão ali para causar confusão.
O movimento de protesto estudantil, como há muito não se via nos EUA, começou em 17 de abril na Universidade de Columbia, em Nova York, onde estudantes manifestantes construíram um acampamento para pedir o fim da guerra Israel-Hamas, iniciada depois de 7 de outubro, quando militantes do Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis israelenses, e fizeram cerca de 250 reféns num ataque ao sul de Israel.
Avanço Global: Protestos Pró-Palestina Não Estão Somente Nos Campus Das Universidades Americanas
Confrontos entre estudantes e policiais são relatados em todos os Estados Unidos durante uma intensificação dos protestos em campus universitários.
O que começou como um acampamento em solidariedade a Gaza na Universidade de Columbia, em Nova York, onde estudantes agora pressionam o seu instituto a cortar laços com empresas ligadas a Israel, se espalhou por campus na Califórnia, no Texas e em vários outros estados.
Mas os protestos não se limitam aos EUA, pois estudantes de todo o mundo têm-se manifestado desde o início da guerra, em 7 de Outubro.
Quais universidades estão realizando protestos pró-Palestina?
Em Paris, França, estudantes da Universidade Sorbonne saíram às ruas. Na Austrália, estudantes da Universidade de Sydney montaram acampamentos pró-Palestina. Além disso, estudantes da Universidade de Melbourne montaram tendas no gramado sul de seu campus principal. Na Itália, Roma, estudantes da Universidade Sapienza organizaram manifestações, protestos e greves de fome nos dias 17 e 18 de Abril. Desde a noite de 19 de abril, estudantes do grupo Warwick Stands With Palestine da Universidade de Warwick ocuparam a praça do campus localizada na Inglaterra, Reino Unido. Em Leicester, Inglaterra, eclodiu na segunda-feira um protesto no qual também participaram estudantes da Sociedade Palestina da Universidade de Leicester. No mês passado, estudantes da Universidade de Leeds ocuparam um campus em protesto.
Quais são as demandas dos manifestantes estudantis fora dos EUA?
Alguns querem investigar laços que a suas universidades têm com Israel, outros reivindicam mais ajuda de seus governantes à palestina.
Existe uma repressão policial aos manifestantes pró-Palestina fora dos EUA?
Sim. A polícia interrompeu manifestações e desmanchou acampamentos, assim como vem acontecendo nos EUA.
Fonte: AP and Al-Jazera