Os brasileiros elegeram Luiz Inácio “Lula” da Silva para a presidência novamente no domingo, 30 de outubro, no segundo turno das eleições, que foi disputada contra o atual presidente Jair Bolsonaro.
A vitória de Lula foi apertada, com menos de 2% dos votos válidos, mas não menos significativa, já que representa o retorno da esquerda ao poder e conclui um retorno pessoal triunfante para Lula, após uma série de denúncias de corrupção que levaram à sua prisão por 580 dias. As sentenças foram posteriormente anuladas pelo Supremo Tribunal Federal, abrindo caminho para o político concorrer ao cargo mais alto do país novamente.
“Eles tentaram me enterrar vivo e estou aqui”, disse ele durante o discurso da vitória para apoiadores e jornalistas na noite de domingo, descrevendo a vitória como sua “ressurreição” política.
“A partir de 1º de janeiro de 2023, governarei pelos 215 milhões de brasileiros, não apenas pelos que votaram em mim. Não há dois Brasils. Somos um país, um povo, uma grande nação”, disse Lula.
Em 1º de Janeiro, ele assumirá um país atormentado por uma grande desigualdade, que ainda luta para se recuperar da pandemia causada pelo Covid-19. Aproximadamente 9,6 milhões de pessoas caíram abaixo da linha da pobreza entre 2019 e 2021, e as taxas de alfabetização e frequência escolar também caíram. Ele também enfrentará uma nação profundamente polarizada, haja vista o resultado apertado das eleições, e questões ambientais urgentes, incluindo o desmatamento desenfreado na Amazônia.